Produtores rurais têm até 10 de janeiro para notificar vacinação contra febre aftosa

A notificação pode ser feita diretamente nos escritórios da Adepará ou via internet, por meio do Sistema de Integração Agropecuária

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Os produtores rurais do Pará têm até o dia 10 de janeiro para fazer a notificação de vacinação do rebanho contra a febre aftosa. A notificação pode ser feita via internet, por meio do Sistema de Integração Agropecuária (Siapec3), disponível no site da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), ou em qualquer escritório da Agência no estado.

A segunda etapa da campanha de vacinação encerrou no dia 31 de dezembro de 2021. Segundo a Adepará, até o momento, 94% do rebanho paraense alcançado com vacinação. O quantitativo final só será contabilizado após o período de notificação.

Após o prazo previsto, os pecuaristas que não realizarem a notificação junto à Adepará serão autuados de acordo com a Lei nº6.712, por não realização de vacinação dentro do prazo e por não notificação. De acordo com a Adepará, os produtores que não compraram a vacina até dia 31 de dezembro, ainda precisam se dirigir à Agência para pegar a autorização para a compra do imunizante.

A Agência destaca que a vacinação do rebanho é fundamental para que o Pará alcance o status de área livre sem vacinação, conforme objetiva o Plano Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), que busca criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres da doença sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira. O plano iniciou em 2017, com prazo final até o ano de 2026.

A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória conforme o Código Sanitário para Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Instrução Normativa nº 50/2013 do MAPA. A doença é causada por um vírus altamente contagioso, com impacto econômico significativo, acometendo principalmente os animais de produção como bovinos, suínos, caprinos, ovinos e outros animais, em especial os de cascos bipartidos (cascos fendidos).

A doença é raramente fatal em animais adultos, mas pode causar mortalidade entre os animais jovens. Segundo a OIE, a gravidade da enfermidade está relacionada à facilidade com que o vírus pode se disseminar. Portanto, o uso da vacinação preventiva é obrigatória e fundamental para bovinos e bubalinos.

A Adepará observa que campanha integra o Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa, destinado a alcançar a cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em bovinos e bubalinos. Além da melhoria econômica, o Pnefa exige análise dos cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas para que, até 2026, a vacinação contra a doença seja suspensa em todo o país.

Tina DeBord- com informações da Adepará