Prefeitura de Marabá prevê comprar 125 toneladas de carnes

Segundo governo local, os cerca de R$ 3,5 milhões previstos com essa despesa não implicam necessariamente compromisso de adquirir os itens, que devem abastecer unidades de saúde.

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O governo de Tião Miranda poderá desembolsar até quase R$ 3,5 milhões se decidir comprar, via registro de preços, 32 diferentes tipos de proteína animal, totalizando 125 toneladas, que constam de um edital de licitação o qual a Prefeitura de Marabá botou na rua no último final de semana. A conferência das propostas comerciais está prevista para o próximo dia 25 e a aquisição visa abastecer estabelecimentos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que identificou itens como carnes bovinas de diferentes tipos (moída, coxão mole, lagarto, patinho, alcatra, charque, fígado, entre outras), assim como carnes de peixe, de frango, linguiças, salsichas e bacon. O produto que a SMS deve levar em menor quantidade é o charque, com aquisição estimada em 750 quilos, enquanto o frango congelado pode ultrapassar 11 toneladas.

A Secretaria de Saúde alega que as quantidades e os preços indicados no edital de licitação não são obrigação de dispêndio à pasta e que servem apenas de subsídios às licitantes na formulação das propostas e ao pregoeiro no julgamento das mesmas. Ela também justifica que alimentação e nutrição constituem direitos humanos fundamentais consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e são requisitos básicos para proteção e promoção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida e cidadania.

As carnes vão ser utilizadas no preparo da refeição de pacientes internados na rede pública de saúde de Marabá, assim como na alimentação dos servidores que trabalham diuturnamente nas diversas unidades de saúde do município.

Vale lembrar que, conforme o orçamento de 2021, Marabá tem aproximadamente R$ 212,5 milhões para aplicar na saúde local, que só perde para a educação, R$ 329,5 milhões, em caixa estimado. A área de assistência hospitalar e ambulatorial, que exige R$ 109,3 milhões, consome mais da metade dos recursos previstos para a saúde este ano.