Policiais civis do Pará cruzam os braços à meia-noite de segunda para terça-feira

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Os policiais civis do Pará entram em greve por tempo indeterminado à meia-noite de segunda para terça-feira mantendo apenas 30% do quadro em atividade para procedimentos de flagrante. A informação é do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Pará – SINDPOL, Rubens Teixeira, segundo o qual, esgotaram todas as possibilidades de acordo entre a categoria e o governo do Estado por meio das secretarias de Estado de Segurança Pública e Administração, além da Delegacia Geral da Polícia Civil.

Rubens esteve reunido na tarde e noite de segunda-feira com o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Zé Francisco, ocasião em que ambos traçaram as metas a serem levadas à assembleia geral da categoria ocorrida na terça-feira à noite, quando os policiais decidiram entrar em greve em conjunto com os servidores do Detran que também cruzaram os braços em função da intransigência do governo do Estado em negociar com a categoria.

Zé Francisco lembra que a greve é o último e único instrumento legal capaz de forçar os patões a negociar melhorias de salários e condições de trabalho, independente de se tratar de órgão de Estado ou particular. Só que, lembra, quando se trata da iniciativa privada, parece que as coisas ficam mais fáceis de negociar, como no caso dos trabalhadores de supermercados que, em três dias de greve, resolveram todas as suas pendências, nesse que foi um dos maiores movimentos grevistas ocorridos no País ao longo de 2013, patrocinado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados com apoio da UGT Pará.

Jornais de Belém noticiam nesta manhã, que o secretário de Estado de Segurança, Luís Fernandez Rocha, declarou que a categoria dos policiais civis do Pará é uma das únicas do País que tem canal aberto direto de negociações com o governo e que recebeu mais vantagens entre todo o quadro de servidores do Estado durante a atual gestão do governador Simão Jatene. Contudo, Rubens Teixeira contesta esses dados e afirma que além da incorporação do abono aos salários, o governo se recusa a conceder aumento real, além de dar condições dignas de trabalho.

A assembleia que deliberou pela greve aconteceu na noite de anteontem, na sede da Associação dos Policiais Militares Aposentados do Pará, na Avenida Pedro Miranda, bairro da Pedreira, em Belém.

Fonte: ASCOM União Geral dos Trabalhadores no Pará