Polícia Militar prende, em flagrante, dupla que aplicava o golpe da Carta de Crédito em Parauapebas

Welleson Thiago Magalhães Alves e Jackson Aparecido Dionísio e Magalhães já haviam enganado várias pessoas na cidade e podem pegar até 12 anos de cadeia

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Policiais do 23° Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Parauapebas, prenderam e apresentaram na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, acusados de estelionato, Welleson Thiago Magalhães Alves, 27 anos de idade, e Jackson Aparecido Dionísio e Magalhães de, 26 anos. A dupla foi presa por volta das 18h, desta quinta-feira (27), por policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motos (Rocam), com apoio da guarnição da VTR – 2322. Eles estavam em um hotel localizado na Rua Rio Claro, Bairro Beira Rio, nas proximidades do Terminal Rodoviário de Parauapebas, aplicando golpe da Carta de Crédito (falso financiamento).

Uma das vítimas contou para Reportagem que havia caído no golpe, quando os dois estelionatários lhe ofereceram uma carta crédito de R$ 30 mil e ele teve que desembolsar R$ 6 mil. Mas ao desconfiar que tinha caído em um golpe, pediu ajuda da Polícia Militar que prendeu a dupla, em flagrante, quando os dois espertalhões aplicavam o golpe em outra vítima, no valor de R$ 9 mil.

O policial militar da equipe da Rocam relatou que, durante policiamento ostensivo eles foram abordados por um cidadão, informando acerca da prática, em tese, crime de estelionato. Na ocasião, afirmou haver ter tido conhecimento, pelo Facebook, sobre um consórcio de Carta de Crédito e, após contato telefônico, realizou o negócio com a suposta empresa Brasil Administradora de Consórcio, a fim de receber financiamento no valor de R$ 30 mil.

Para isso, havia efetuado o pagamento de R$ 6.050,00, a título de lance, a fim de ser contemplado imediatamente. Pelos R$ 30 mil, ele ficaria pagando mensalmente o valor de R$ 500,00. A vítima informou ainda aos PMs que, no dia 18 deste mês, havia transferido o valor, via pix, pela chave CNPJ 46.570.327/0001-08, em nome de Novo Mundo Participações, com a promessa de receber, em depósito bancário, os R$ 30 mil, no prazo de 48 horas.

Passado o prazo, sem que o dinheiro caísse na sua conta, o homem, fez várias ligações telefônicas cobrando, e foi informado de que deveria fazer mais uma transferência à mesma empresa, no valor de R$ 1.050,00, e acabou enviando o dinheiro. Depois disso, não conseguiu mais contato e, inclusive, teve seu número bloqueado. Percebendo que havia sido vítima de um trambique, ele, então, procurou a Polícia Militar.  

O delegado Thiago Rodrigues Carneiro, de plantão na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, autuou a dupla de golpistas nos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, uma vez que eles usavam as redes sociais para atrair as vítimas; e por crime contra o sistema financeiro do País, o que pode render a eles pena de 12 anos de cadeia, em caso de condenação, já que estão à disposição da Justiça. Durante interrogatório, Welleson e Jackson permanecerem calados, só abriram a boca para dizer que somente falariam em juízo.

Thiago Carneiro disse que esse tipo de golpe está se tornando frequente em Parauapebas, o que, inclusive, suscitou a criação de uma equipe para investigar exclusivamente esse tipo de delito. E advertiu às pessoas que, quando lhes for oferecido esse tipo de “facilidade” em obter dinheiro, tenham cautela, para que não caiam em golpes.   

Ao usar o telefonema a que tinham direito, um deles ligou para alguém em Goiânia (GO), avisando que haviam sido presos. Logo depois, se apresentaram como defensores da dupla, dois advogados. Os presos, então, perguntaram quanto os profissionais do Direito cobrariam para tirá-los da situação em que se encontravam, recebendo a reposta de que ficaria em R$ 10 mil. Diante do valor, um dos golpistas debochou, dizendo que R$ 10 mil era “fichinha” para eles.

(Caetano Silva)