PF lança projeto contra o tráfico de pessoas em aeroportos de todo o país

O Projeto “Voo Livre” objetiva intensificar a atuação da Polícia Federal no combate aos crimes contra os Direitos Humanos. No Brasil, a cada três dias, uma pessoa é presa pela PF por crimes contra os Direitos Humanos. A cada 2,5 dias, uma vítima desses ilícitos é resgatada

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A Polícia Federal lança, nesta quinta-feira (29), às 19h, em comemoração ao Dia Mundial e Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o projeto Voo Livre, para intensificar a atuação do órgão no combate aos crimes contra os Direitos Humanos em todo o país. O objetivo é construir uma parceria com empresas aéreas e fornecer aos aeroportuários e tripulantes conceitos informações e outros elementos básicos que os permitam, por meio de um “olhar diferenciado”, identificar, suspeitar e melhor encaminhar as situações de possível crime de tráfico de pessoas para a investigação policial.

Por meio de webnários e treinamentos, com a participação de policias federais especialistas no assunto e os recursos humanos das empresas aéreas, será ensinado, por exemplo, como desconfiar se uma pessoa está sendo vítima do crime durante o check in, no embarque, a bordo das aeronaves e no desembarque. O projeto será lançado de forma simultânea em todos os aeroportos brasileiros.

Segundo a PF, a primeira empresa aérea a passar pelo treinamento será a LATAM, que já conta com uma política interna de assistência às vítimas de tráfico fornecendo passagens aéreas aos resgatados que não possuem condições de voltar para casa. De acordo com o Coordenador-Geral de Repressão aos Crimes contra os Direitos Humanos e Cidadania, Daniel Daher, “a ideia da Polícia Federal é ter parceiros estratégicos na luta contra o tráfico de pessoas, valorizando o diálogo constante entre a sociedade e organismos de segurança, já que o enfrentamento a este tipo de crime não é tarefa de um só, mas sim de toda uma coletividade”.

Os dados da PF mostram que, no Brasil, a cada três dias, uma pessoa é presa pela corporação por crimes contra os Direitos Humanos. A cada 2,5 dias, uma vítima desses ilícitos é resgatada.

Tina DeBord – com informações da PF

Foto: Divulgação