Parauapebas ultrapassa Belém e é o maior PIB do Pará

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Pela primeira vez, desde 1999, Belém não ocupa a primeira posição nos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) – relativos ao ano de 2011 – dos 143 municípios paraenses, divulgados na manhã desta terça-feira, 17, pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados já estão disponíveis no site do Idesp, com informações sobre PIB; Valor Adicionado Bruto Agropecuário, Industrial, dos Serviços e da Administração Pública; PIB per capita dos municípios, expressos a preços correntes, e o Índice de Gini do PIB e dos Setores Econômicos. O objetivo é acompanhar o nível de concentração das atividades econômicas no Estado.

O PIB do Pará totalizou R$ 88,371 bilhões em 2011, conforme divulgou o próprio Idesp no dia 22 de novembro. Os dez municípios que mais se destacaram, em ordem decrescente, foram:

  • Parauapebas – (R$19.897.435 22,52),
  • Belém – (R$19.666.725 22,25),
  • Ananindeua – (R$3.906.459 4,42),
  • Marabá – (R$3.742.469 4,23 ),
  • Barcarena – (R$3.659.053 4,14),
  • Canaã dos Carajás – (R$2.992.103 3,39),
  • Tucuruí – (R$2.572.461 2,91),
  • Santarém – (R$2.199.563 2,49),
  • Castanhal – (R$1.618.187 1,83),
  • e Oriximiná – (R$1.332.624 1,51).

Foi a primeira vez, na série de 1999 a 2011, em que a capital não ocupou a primeira posição. Parauapebas liderou, com R$ 19,8 bilhões, enquanto Belém registrou R$ 19,6 bilhões. Além disso, dois outros municípios de economia mineral forçaram alterações no ranking: Canaã dos Carajás subiu duas posições e Oriximiná uma posição, respectivamente. A participação dos dez maiores municípios no PIB do Estado foi de 69,69% em 2011, superior aos 69,18% do ano anterior.

PIB per capta
No que diz respeito ao PIB per capita, quando se divide o valor do Produto Interno Bruto pela população estimada de cada lugar, os dez municípios que se destacaram, com maiores PIBs per capita a preços de mercado corrente, foram:

  • Parauapebas – (R$124.181),
  • Canaã dos Carajás – (R$107.132) ,
  • Barcarena – (R$35.640),
  • Tucuruí – (R$26.006),
  • Ourilândia do Norte – (R$22.045),
  • Oriximiná – (R$20.853),
  • Floresta do Araguaia – (R$19.715),
  • Marabá – (R$15.678),
  • Xinguara – (R$14.050),
  • e Belém – (14.027).

Em média, a renda per capta do Pará foi de R$11.494,00. Paragominas e Almeirim deixaram de participar do ranking dos maiores PIBs per capita, sendo ultrapassados por Xinguara e Ourilândia do Norte. As quatro primeiras posições permaneceram inalteradas e o indicador dos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás se distanciaram dos demais municípios da lista, bem como da média estadual, em comparação ao ano anterior

Menores PIBs
Na outra ponta da lista, Curralinho permaneceu com o menor PIB per capita, no valor de R$ 2.462. A economia do município se sustenta na administração pública, que participou com 60,30% no total do VA, o terceiro maior percentual do Estado. As demais atividades econômicas de maior impacto no valor adicionado do município foram a Construção Civil, a Pesca e a Extração Vegetal, principalmente do fruto do açaí. A Resex de uso sustentável Terra Grande-Pracuúba abrange 33,7% da área do município e é habitada por populações extrativistas tradicionais, cujas atividades principais são a agricultura de subsistência, a criação de animais de pequeno porte e o extrativismo vegetal. O ranking dos 10 menores PIBs ficou assim:

  • Curralinho – (R$2.462)
  • Bagre – (R$ 2.505),
  • Cachoeira do Arari – (R$ 2.721),
  • Muaná – (R$ 2.906),
  • Anajás – (R$ 3.039),
  • Terra Alta – (R$ 3.125),
  • Irituia – (R$ 3.180),
  • Melgaço – (R$ 3.183),
  • Bujaru – (R$ 3.253)
  • e Gurupá – (R$ 3.302).

A diferença entre o maior  e o menor PIB per capita municipal (respectivamente Parauapebas – R$ 124.181,23 e Curralinho – R$ 2.462) foi de R$ 121.719,23 mil em 2011.

Regiões
Entre as Regiões de Integração (RI), duas delas, Carajás e Metropolitana, tiveram participação de quase 60% no PIB total do Pará, sendo 31,22% e 28,29% respectivamente. O destaque é para a Região de Integração de Carajás, que ganhou 3 pontos percentuais, alavancada por Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás; ao passo que a RI Metropolitana perdeu pouco mais de 1 ponto percentual. se comparado ao resultado anterior, com destaque para Belém e Ananindeua.

Serviços
A análise das atividades e dos setores econômicos distribuídos entre os municípios demonstra que, no cálculo do Produto Interno Bruto para os 143 municípios do Pará, medido pelo valor adicionado, o setor de serviços foi o mais representativo em 126 municípios, a indústria em 12 e a agropecuária em 5, estrutura igual a de 2010.

Entre as atividades do setor de serviços, o comércio, a administração pública e os transportes foram as atividades que mais contribuíram para a composição do ranking do setor. No ranking dos dez maiores municípios no valor adicionado do setor, os municípios de Belém, Ananindeua, Marabá e Castanhal apresentaram o comércio como a principal atividade econômica. Em Parauapebas, a atividade que mais contribuiu para o setor de serviços foi a de transportes. Para os outros dez maiores, a administração pública foi a atividade predominante.

Indústria
Quanto ao VA da Indústria de 2011 distribuído entre os municípios, pode-se observar maior concentração entre os setores econômicos. As indústrias extrativa e de construção civil foram as atividades que mais contribuíram para a composição do ranking do setor. Entre os dez primeiros municípios no VA da indústria, seis (Parauapebas, Canaã dos Carajás, Oriximiná, Paragominas, Ourilândia do Norte e Breu Branco) apresentaram como principal atividade industrial a extrativa mineral, que corresponde a mais da metade do VA do setor. Em Barcarena e Marabá, a atividade predominante foi a indústria de transformação. A construção civil foi a principal atividade nos municípios de Belém e Ananindeua. E em Tucuruí, a atividade industrial em destaque foi a produção e distribuição de energia elétrica.

Agropecuária
Já o setor agropecuário do Estado do Pará apresentou crescimento real de 2,7%, em 2011, gerando R$ 4,895 bilhões, o equivalente a 6,1% do PIB paraense. A distribuição do VA do setor agropecuário entre os municípios manteve a concentração, em comparação com 2010. No ranking dos maiores valores adicionados na agropecuária, a pecuária bovina e a lavoura temporária foram as atividades que mais contribuíram na formação do ranking do setor. A lavoura temporária foi predominante nos municípios de Santarém – com destaque para os cultivos de mandioca e cereais -, e Acará – com o cultivo da mandioca. Para os demais municípios do ranking, a pecuária bovina foi a principal atividade, contribuindo com mais de 60% do VA do setor nesses municípios. Em Paragominas, a criação de bovinos foi a atividade com maior contribuição, aproximadamente 40%, seguida das atividades de lavoura e silvicultura.

Administração Pública
Os municípios que apresentaram a maior dependência da administração pública (o valor percentual indica o peso da administração pública no total do VA municipal) foram:

  • Melgaço – (62,10%),
  • Bagre – (61,69%),
  • Curralinho – (60,30%)
  • Igarapé-Miri – (57,95%)
  • Porto de Moz – (56,22%,
  • Bujaru – (55,93%),
  • Aveiro – (54,97%),
  • Tracuateua – (54,35%),
  • Santarém Novo – (54,3¨%)
  • e Gurupá – (53,98%).

Vinte e três municípios registram uma participação de 50% ou mais da administração pública no total do Valor Adicionado, em 2010 eles foram vinte e oito. No Pará, a média da participação da administração pública foi de 17,14% em 2011.

Parauapebas
O crescimento nominal de 24,77% do município o levou a participar com 22,52% no PIB estadual em 2011, ganho de apenas 2,03 pontos percentuais de participação em relação a 2010, pois em 2009 o município contribuiu com 9,65% do PIB estadual, o ganho de 12,87 pontos percentuais, entre 2009 e 2011, foi influenciado pelo setor industrial que representou 87,5% no VA do município em 2011.

O município foi o maior arrecadador individual de CFEM no país. Além das atividades minerais, o setor de serviços do município representou 5,81% do VA estadual com crescimento de 25,75%, impulsionado pelas atividades de serviços prestados às empresas, serviços de informação, alojamento e alimentação e serviços de transporte.

7 comentários em “Parauapebas ultrapassa Belém e é o maior PIB do Pará

  1. elena Responder

    PODE TER O PIB QUE TIVER, MAS SE NÃO TEM GESTOR COMPROMETIDO COM O BEM COMUM DO POVO E SIM COM SUAS CONTAS E DE SEU GRUPINHO DA POLITICAGEM, NÓS NUNCA TEREMOS UMA CIDADE DE DIREITOS….LEMBREM-SE DISSO ELEITORES E VOTEM NULO, NÃO SUSTENTEM PARASITAS.

  2. Anônimo Responder

    justo no ano que parauapebas alcanca o 1 lugar na arrecadacao, pela primeira vez na historia de parauapebas os servidores publicos tiveram que grevar pra conseguir serem ouvidos pelo prefeito que na posse do seu cargo esquece que foi posto pelo povo!
    Muita luta para conseguir aumento e vale alimentacao (conquistas como muitas outras obtidas junto a gestao anterior).
    Que o sr. prefeito seja mais humilde e reconheca seu lastimavel primeiro ano de gestao, e se retrate em 2014 com todo povo que nele confiou seu voto, inclusive os SERVIDORES sr prefeito!

  3. Pedro Responder

    Observem que das 10 cidades com maiores Pib’s, 06 são mineradoras. Ainda tem gente que acredita que a mineração não gera desenvolvimento…. O que precisamos é de um poder público comprometido em investir os recursos de forma correta para que a população tenha melhor qualidade de vida. Falta de recurso não é!!!

  4. mauro Responder

    eu morei nessa cidade quase 22 anos que vir os perfeito que chegaram aqui que não tinha nen pau para dar numa porca que fizeram com divio de dinheiro publico

  5. Jose Carlos Responder

    Passei parte da minha vida em Parauapebas. Vi bons e maus momentos nas administrações públicas que por ai passaram. Hoje, longe da terra que aprendi a amar, vejo que o atual gestor deve aproveitar o momento e tentar construir opções para quando todo esse minério acabar.

  6. Edmar Responder

    E isso é porque Parauapebas ainda não teve a sorte de ter um bom prefeito nesses 25 anos de existência. Um cara preocupado com a sociedade e com o crescimento do município. Quando isso acontecer ninguém segurará esse pujante município. Acorda eleitor…

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