Pará movimenta R$ 1,3 bi e lidera produção na extração vegetal do país

Dos dez municípios que mais produzem recursos de extrativismo, cinco são daqui. Primeiros lugares também são todos paraenses: Portel (1º), Limoeiro do Ajuru (2º) e Oeiras do Pará (3º).

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Em 2018, o Pará movimentou R$ 1,33 bilhão em produtos oriundos da extração vegetal e ocupou o primeiro lugar nacional nesse nicho da economia. As informações foram divulgadas na manhã desta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que lançou a edição deste ano do levantamento da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), uma espécie de radiografia da economia florestal e da silvicultura.

O Blog do Zé Dudu acessou os microdados do estudo de maneira inédita e constatou que o Pará movimentou mais recursos financeiros na extração vegetal que o segundo e o terceiro colocados no ranking, respectivamente Mato Grosso (R$ 623,6 milhões) e Paraná (R$ 500,8 milhões). Além dos três, apresentaram produção expressiva os estados do Amazonas (R$ 302,9 milhões), Maranhão (R$ 283,7 milhões), Piauí (R$ 188,4 milhões), Rondônia (R$ 169,1 milhões), Ceará (R$ 155,3 milhões) e Bahia (R$ 145,1 milhões).

Os produtos paraenses selvícolas mais valorizados, de acordo com o IBGE, são a madeira em tora, responsável por render formalmente R$ 765 milhões, e o açaí, que movimentou R$ 454,4 milhões. Também tiveram alguma expressão a lenha (R$ 42,1 milhões) e a castanha-do-pará (R$ 36,1 milhões).

No Brasil, a madeira é o produto florestal mais demandado, tendo gerado faturamento de R$ 1,85 bilhão em 2018. O açaí vem em seguida, com R$ 592 milhões, enquanto a lenha surge com R$ 524,5 milhões. Curiosamente, o quarto produto é a eva-mate, com R$ 468 milhões em movimento e cuja colheita é restrita apenas a Paraná, líder nacional, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e, em escala mínima, no Mato Grosso do Sul.

Municípios

Portel (R$ 229 milhões), Limoeiro do Ajuru (R$ 153,6 milhões) e Oeiras do Pará (R$ 110,3 milhões) são os campeões nacionais da produção de itens oriundos da extração vegetal. Santarém (5º, R$ 106,6 milhões) e Baião (10º, R$ 55,6 milhões) também estão na lista. Em comum esses municípios têm a extração madeireira e ou de açaí.

O Pará também tem os maiores produtores municipais de castanha-do-pará. O líder absoluto é Óbidos, que faturou R$ 16,8 milhões, e Oriximiná, que movimentou, R$ 8,8 milhões. O estado está quase retornando ao topo da produção de castanha, depois de quase 20 décadas longe do pódio. No ano passado, o Pará produziu R$ 36,1 milhões em castanha e ultrapassou o Acre, R$ 35,1 milhões, antigo maior produtor. Atualmente, o Amazonas lidera com R$ 36,6 milhões de movimentação financeira.

Região de Carajás

O Blog recortou dados exclusivos para a região de Carajás e constatou que os municípios com maior representação no extrativismo vegetal no ano passado foram São Domingos do Araguaia (R$ 7,47 milhões), Marabá (R$ 4,36 milhões) e Eldorado do Carajás (R$ 1,16 milhão). No comparativo com 2017, São Domingos perdeu participação enquanto Marabá e Eldorado apresentaram crescimento.

Parauapebas (R$ 910 mil), Curionópolis (R$ 566 mil) e Canaã dos Carajás (R$ 404 mil) vêm na sequência, enquanto o município de Palestina do Pará, com apenas R$ 1 mil movimentados, é o lanterninha da produção.

1 comentário em “Pará movimenta R$ 1,3 bi e lidera produção na extração vegetal do país

  1. neudilan de souza bezerra Responder

    Boa Tarde, como faço para ter acesso ao detalhamento da pesquisa que trata esta postagem? se puder me enviar ou me informar onde consigo agradeço. São Domingos do Araguaia tem ampliado seu potencia produtivo vegetal, porém na pesquisa no texto acima diz que em comparação com os resultado anteriores tem diminuindo, ainda assim é significativo os resultado obtidos.

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