Pará é 2º estado mais caro do Brasil para se viver em maio

Prévia da inflação do estado para este mês, que nem acabou, mostra que produtos e serviços ficaram 0,83% mais caros, praticamente o dobro do índice registrado no Brasil. Só o Ceará supera

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Está cada vez mais caro viver no Pará. Os preços na maior praça financeira da Região Norte não param de subir e impõem ampla diferença em relação aos praticados no restante do país. É o que acaba de reportar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta terça-feira (25) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15.

A prévia da inflação deste mês no Pará, que tem a Grande Belém como referência, foi pesada demais para quem não sente o mesmo efeito no contracheque. Trabalhadores do serviço público, que estão com os salários congelados por conta de medida tomada pelo presidente Jair Bolsonaro no ano passado, têm sentido mais. Maio ainda nem acabou, e tudo no estado já está, em média, 0,83% mais caro. O Blog do Zé Dudu analisou os dados e constatou que a inflação estadual foi praticamente o dobro da do Brasil no mês, que está em 0,44%.

O salto do IPCA-15 paraense de maio em relação ao índice de abril também é alarmante, já que no mês passado o indicador fechou em 0,39%. Este mês, só o Ceará, com mediação de inflação na Grande Fortaleza, superou o Pará. O estado nordestino registra até o momento 1,08% de carestia. Por outro lado, no Distrito Federal houve retração média dos preços na ordem de 0,18%, ou seja, deflação: quase tudo ficou mais barato.

No ano, a inflação no Pará já está em 4,2%, quase um ponto percentual acima do índice nacional, de 3,27%. Só o Ceará, com 4,65%, por enquanto, ostenta IPCA maior no período acumulado entre janeiro e maio. Mas, se mantiver o pique, o Pará poderá ultrapassar o Ceará e se tornar o estado mais caro do Brasil.

Os artigos de casa cresceram 2,43% em maio, enquanto os itens de vestuário subiram 1,74%. Já os serviços de saúde e cuidados pessoais encareceram 1,11%, enquanto os produtos de alimentação e bebidas ficaram 1,08% mais caros. Os gastos com transportes cresceram 0,78%, ao passo que os serviços de habitação não subiram. Hoje, o paraense gasta 27,5% de seu orçamento com comida e bebida; 18,4% com transportes; 15,6% com aluguel; e 12,7% com saúde.

Mais caros e mais baratos

O Blog do Zé Dudu elaborou uma lista dos dez itens que ficam mais caros e mais baratos no Pará agora em maio, de acordo com a pesquisa divulgada hoje pelo IBGE. Entre os que mais encareceram está o açaí, um dos produtos mais venerados e consumidos no dia a dia da população do estado. Já entre os que ficaram mais baratos estão os sagrados arroz e feijão. Confira!

MAIS CAROS

  • 1º Utensílios de metal: 15,98%
  • 2º Óleo lubrificante: 7,6%
  • 3º Tomate: 7,46%
  • 4º Sorvete: 6,13%
  • 5º Ração: 6,02%
  • 6º Caderno: 5,37%
  • 7º Hormônios: 5,35%
  • 8º Conserto de automóvel: 5,16%
  • 9º Açaí: 4,99%
  • 10º Hipotensor: 4,55%

MAIS BARATOS

  • 10º Melão: -2,34%
  • 9º Papel higiênico: -2,79%
  • 8º Arroz: -2,93%
  • 7º Seguro de carro: -3,17%
  • 6º Abacaxi: 3,19%
  • 5º Banana prata: 3,66%
  • 4º Feijão preto: 3,74%
  • 3º Artigos de maquiagem: 3,75%
  • 2º Maçã: 4,68%
  • 1º Passagem aérea: 10,9%