Nota do MST do Pará em resposta a Revista Veja

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  1. O MST do Pará esclarece que não tem nenhuma fazenda ocupada no município de Tailândia, como afirma a reportagem da Revista Veja “Predadores da floresta” nesta semana. Não temos nenhuma relação com as atividades nessa área. A Veja continua usando seus tradicionais métodos de mentir e repetir mentiras contra os movimentos sociais para desmoralizá-los, como lhes ensinou seu mestre Joseph Goebbels. A reportagem optou por atacar mais uma vez o MST e abriu mão de informar que o nosso movimento não tem base social nesse município, dando mais um exemplo de falta de respeito aos seus leitores.
  2. A área mencionada pela reportagem está em uma das regiões onde mais se desmata no Pará, com um índice elevado de destruição de floresta por causa da expansão do latifúndio e de madeireiras. Em 2007, a região de Tailândia sofreu uma intervenção da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, e latifundiários e donos de serrarias foram multados pelo desmatamento. Os madeireiros e as empresas guseiras estimulam o desmatamento para produzir o carvão vegetal para as siderúrgicas, que exportam a sua produção. Por que a Veja não denuncia essas empresas?
  3. Na nossa proposta e prática de Reforma Agrária e de organização das famílias assentadas, defendemos a recuperação das áreas degradas e a suspensão dos projetos de colonização na Amazônia. Defendemos o “Desmatamento Zero” e a desapropriação de latifúndios desmatados para transformá-los em áreas de produção de alimentos para as populações das cidades próximas. Também defendemos a proibição da venda de áreas na Amazônia para bancos e empresas transnacionais, que ameaçam a floresta com a sua expansão predatória (como fazem o Banco Opportunity, a Cargill e a Alcoa, entre outras empresas).
  4. A Veja tem a única missão de atacar sistematicamente o MST e a organização dos camponeses da Amazônia, para esconder e defender os privilégios dos verdadeiros saqueadores das riquezas naturais. Os que desmatam as florestas para o plantio de soja, eucalipto e para a pecuária extensiva no Pará não são os sem-terra. Esse tipo de exploração é uma necessidade do modelo econômico agroexportador implementado no Estado, a partir da espoliação e apropriação dos recursos naturais, baseado no latifúndio, nas madeireiras, no projeto de exportação mineral e no agronegócio.
  5. Por último, gostaríamos de comunicar à sociedade brasileira que estamos construindo o primeiro assentamento Agroflorestal, com 120 famílias nos municípios de Pacajá, Breu Branco e Tucuruí, no sudeste do Estado, em uma área de 5200 hectares de floresta. Nessa área, extraímos de forma auto-sustentável e garantimos renda da floresta para os trabalhadores rurais, que estão organizados de maneira a conservar a floresta e o desenvolvimento do assentamento.

DIREÇÃO ESTADUAL DO MST DO PARÁ

Marabá, 12 de janeiro de 2010

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O assunto (VEJA) também foi tratado em 2009 pelo site do MST Nacional. Confira aqui a entrevista com Najla dos Passos, graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestre em Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Naila já atuou como professora da Faculdade de Comunicação Social da Universidade de Cuiabá (UNIC) e atualmente, trabalha com assessoria de imprensa em Brasília (DF).

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Aqui a reportagem da Revista Veja intitulada “Predadores da Floresta”, que gerou a carta-resposta do Movimento dos Sem Terras do Estado do Pará. Tire as suas próprias conclusões!

3 comentários em “Nota do MST do Pará em resposta a Revista Veja

  1. maria alcineide Responder

    eu não entendo muito sobre o mst, mas eu sempre me enterreço muito sobre o asunto,eu e todos os brasileiro, o que vemos na verdade e muita gente que faz parte do movimento sem terra,de auguma maneira auguns,sempre estão se envolvendo com coisas enlicitas,não e todos,mas muitos se aproveitam de augunas familias que realmente precisam de uma terra para planta e viver com dignidade,muitos estão no movinento porquer tem esperança de um dia comsegui o tão sonhado pedaço de terra.quanto outros estão só se aproveitando dos pobres miseraveis para se da bem, porque ali no meio deles tem todo tipo de gente, e quando aparecem comentarios que os sem terra estão roubando assaltasndo não deixa de ser verdade porque tem mesmo pessoas vagabundas que se aproveita de pessoas honesta para se camuflar. e só quem paga o pato e o movimento.Eu acha que nesses movimento deveria ter mas fiscalização os organizadores deveriam pelo menos fazer uma envestigação é procurar saber quem realmente esta ali porque precisa ,hoje vemos muitas pessoas que já conseguiram un pedaço de terra e vive bem ,mas vemos tanbém pessoas que já conseguiram e venderam e volta denovo prau movimento na nimha opinião,quem comsegue e vemde e poque não precisam,o movimento dos sem terra deveria rever essa situação,para que o movimento se torne uma coisa nas seria e só então as pessoas vão respeita,porque não e justo com eles e nem conosco que pagamos nossos empostos como cidadões que somos para sermos roubados .roubados eu digo porque somos nós que pagamos todas as cestas basicas a eles recebem, não estou criticando essa é só uma opinião.Eu acho que o gonverno deveria ver e rever essa situação com muito cuidado e carinho,para que possa ser resolvido mas depresa posivel,porque se o movimento sem terra da tamto problema e culpa de quem do pavo é claro que não e o gonverno que temos que sempre faz vistas grossa para os problemas que interreça…Quanto o problema do desmatamento não e so o sem terra quem o pratica temos os madereiros e mas ainda os fazendeiros. Os fazendeiros são os maiores dematadores de toda hitoria,foram eles que acabarão com as matas e ainda hoje estam acabano,se tem que te punição que comecem por eles ,fazendo lés que obriguem a reefloresta o que estão destruindo. É uma vergonha o que estão fazendo com a falna e a flara Brasileira…..

  2. anonimo Responder

    Infelismente a Revista veja, tem toda a razão, e um erra não justifica outros, se há latifundios, madeireiras, degradando a amazônia, não justifica a criação de “movimentos” para também degradarem. E além do mais todos sabem, o povo não é bobo, que esses vagabundo do MST, são apenas uma quadrilha organizada para cometerem crimes de todas as espécies. E essa história de que defendem a floresta, natureza, é balela. Esses vagabundos não querem trabalhar, quem tiver um pouco de curiosidade, dá um pulinho ali no CEDERE I, em uma fazenda invadida, onde estão chamando de Vila Onalício Barros, verão que estão extraindo areia da fazenda, sem qualquer licença, até porque não tem a posse da fazenda, não tem documentos, então não tem como ter licença, estão vendendo essas areias a preço de banana e degradando o meio ambiente. Agora verifiquem se há um pé de arroz ou de feijão plantado?
    São criminosos, e quem apóia, ajuda, mantém esses vagabundos deveriam ser severamente punidos.

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