Mineradora será convocada para explicar sobre sinterização do manganês em Marabá

Mineração Buritirama pretende expandir seus negócios no município, mas Câmara quer discutir condicionantes

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Durante a sessão ordinária desta quarta-feira, dia 8 de agosto, o vereador Tiago Koch falou aos presentes sobre a necessidade de a Câmara convocar os representantes da Mineração Buritirama para uma reunião com o objetivo de apresentarem o projeto de sinterização de minério de manganês, que exploram na Vila União, zona rural de Marabá.

O projeto de expansão, segundo lembra o vereador, foi iniciado em meados de 2010, quando a Buritirama construiu uma unidade de sinterização de minério de manganês na cidade de Barcarena, onde possuía as licenças prévias e de instalação, porém nunca conseguiu as de operação.

Mais recentemente, foi noticiado que a referida mineradora objetiva desmobilizar a planta que está em Barcarena e trazê-la para a planta industrial da mina, na Vila União, em Marabá. Diante dessa proposta, Tiago Koch pede que a Câmara faça a intermediação e discussão com a empresa, para que sejam discutidas com a comunidade não apenas as condicionantes ambientais, mas também as sociais e estruturais, visto que a Vila União não dispõe de sistema de abastecimento de água, rede de esgoto não existe em nenhuma residência e os equipamentos públicos e de lazer são mínimos, além da dificuldade que há de capacitação de mão de obra. “Além de pedirmos a contratação de mão de obra da própria vila para a implantação do projeto, solicitamos formação técnica das pessoas que moram lá para atuarem de forma permanente e em boas posições quando iniciar a operação”, diz Tiago.

O vereador Alecio Stringari, que também reside na zona rural, mais precisamente na Vila Capistrano de Abreu, elogiou a propositura do colega Tiago Koch e colocou-se à disposição para ajudar a viabilizar a reunião com representantes da Buritirama e espera, também, que boa parte dos empregos para esta unidade seja gerada lá mesmo na região da Vila União.

SAIBA MAIS

O projeto prevê a criação de 400 empregos diretos na implantação – que deverá durar 16 meses – e 100 diretos quando as operações iniciarem, fora os empregos indiretos na prestação de serviços. A Buritirama comercializa seus produtos nos mercados nacional e internacional, que tem em seu processo de beneficiamento mineral a utilização apenas de água como agente para a concentração dos minérios de manganês.

A Buritirama produz anualmente 150 mil toneladas de manganês e prevê a duplicação da produção para 300 mil toneladas/ano, além da planta de sinterização ora em discussão.

A sinterização é um processo no qual o minério compactado é submetido a temperaturas elevadas, criando uma alteração na estrutura microscópica do elemento base. Sua finalidade é obter uma peça sólida coerente.

Ulisses Pompeu – de Marabá