Marido acusado de violência doméstica contra a mulher nos últimos quatro anos

A mulher carrega várias cicatrizes pelo corpo, feitas aos longos dos últimos quatro anos, dos seis que convive com o homem, que já ameaçou matá-la várias vezes

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O pintor Raimundo Nonato Costa, 42 anos de idade, foi preso na noite de ontem, segunda-feira (25), acusado de infringir o artigo 7 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e o artigo 129 do Código Penal Brasileiro. Ele foi denunciado pela própria mulher, a comerciante Edna Maria Ferreira Melo, de 33 anos, por espancamentos, tortura, cárcere privado e ameaças de morte nos últimos quatro anos. Os dois convivem sob o mesmo teto há seis anos.

Ontem, ela procurou a Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas, após os vizinhos terem chamado a Polícia Militar, que prendeu Raimundo Nonato em flagrante. O homem, após submeter Edna a mais uma sessão de espancamento, armado de facão cortou os cabelos da mulher, tentou raspar a cabeça dela e ameaçou, mais uma vez, matá-la.

A mulher, que carrega várias cicatrizes pelo corpo, feitas ao longo dos anos, contou à Reportagem do Blog do Zé Dudu que, há uma semana, Raimundo a furou nas costas, com uma faca, e ontem a atacou a socos no rosto. “Sempre que ele bebe e usa droga, fica agressivo. Tenho medo que ele me mate, já me ameaçou de morte várias vezes. Disse até que ia me matar se eu procurasse a polícia, pois não tem medo de polícia”, acrescentou ela.

“Eu tinha uma peixaria e fechei por causa dele, ele me batia de facão, dizia que eu tinha outro homem, fechava a casa toda e não me deixava sair, só me batia à noite, mas hoje [ontem] ele me bateu de dia mesmo. Um rapaz que mora em casa e que sofre dos nervos, saiu para não ver aquilo, foi para a casa dos vizinhos, que chamaram a polícia”, relatou Edna, que é evangélica e tem dois filhos adolescentes, um menino de 13 e uma menina de 14 anos, de outro relacionamento, os quais, segundo ela, vivem apavorados.

Também ouvido pela Reportagem, o acusado, negou tudo, disse que nenhuma das denúncias feitas pela mulher procede e não quis dar mais explicações.

(Caetano Silva)