Marabá: SINOBRAS e UFPA juntas em trabalho de pesquisa

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Alunos do Curso de Engenharia de Materiais buscam melhorias para unidade industrial da usina

Os alunos do Curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campi Marabá, têm a oportunidade de absorver a teoria na instituição, de atuar dentro do processo industrial e ainda de contribuir com melhorias para o setor siderúrgico da região. A ação é possível por meio da parceria fechada entre a UFPA e SINOBRAS, que realizam juntas a pesquisa denominada de “Análise do Distribuidor do Lingotamento Contínuo da SINOBRAS por Simulação Computacional”.

Segundo Márcio Corrêa, vice-diretor do Curso de Engenharia de Materiais e coordenador da pesquisa, o objetivo maior do trabalho é reduzir as perdas de aço no processo de produção do lingotamento contínuo, área da usina onde o aço é solidificado resultando nos tarugos de aço. “A SINOBRAS tem um relacionamento muito estreito com a Universidade e nós ficamos muito felizes com isso. Atualmente a empresa tem em seu quadro funcional estudantes que ainda estão cursando Engenharia de Materiais, tanto como colaboradores efetivos quanto como estagiários e isso é um ganho”, informa.

PESQUISA – De acordo com a coordenação, a pesquisa tem previsão de ser concluída em um ano. Iniciado em maio passado, o trabalho analisa os parâmetros operacionais do lingotamento contínuo da SINOBRAS. A partir destes parâmetros, a equipe pretende gerar modelos matemáticos capazes de simular o processo de produção da Aciaria alterando fisicamente a atividade. A redução das perdas de aço dentro do distribuidor no lingotamento contínuo e a redução do consumo de energia são alguns dos benefícios que a pesquisa trará.  Para obter este resultado, o coordenador da pesquisa explica que a equipe de pesquisadores dedica 20 horas semanais para a realização dos trabalhos, sem contar com as 10 horas de dedicação do docente. Ao final da análise, o trabalho será publicado e apresentado no Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração – ABM.

“O conhecimento do processo industrial, bem como dos nossos alunos da faculdade, que tem a oportunidade de conviver com as questões práticas do dia a dia de uma usina, também são importantíssimos”, afirma Márcio, que destaca ainda a dedicação da Universidade em estudar a realidade local. “A pesquisa é um dos fortes da UFPA, Campi Marabá. Vejo este como um diferencial na região Norte”, comenta. Para Gerson Rusky, gerente da Aciaria da SINOBRAS, o trabalho em parceria com a UFPA é uma forma da siderúrgica se abrir à academia e realizar uma troca.   “Estamos não apenas focando em um trabalho que trará resultados positivos para a empresa, mas visando trazer o estudante de engenharia para a realidade da atividade que ele exercerá, mesmo sem ter saído da academia. Acredito que isso seja um ponto muito importante para a formação desse futuro profissional, lhe conferindo uma bagagem diferenciada no mercado de trabalho”, explica o gerente.

Além de a Siderúrgica dispor da unidade da Aciaria para a realização da pesquisa, de dois de seus estagiários dedicados ao trabalho, a empresa também doou livros e um computador de alto desempenho para o laboratório de Engenharia de Materiais da UFPA, equipamentos e ferramentas essenciais ao trabalho realizado no curso, que atualmente tem cinco turmas, com cerca de 150 alunos.

Por Belém Meira – Assessora de Imprensa Externa