Nova Cartografia Social dos babaçuais será lançada amanhã na Unifesspa

Pesquisa atual estima que existam 27 milhões de hectares de babaçuais e desafio é garantir às quebradeiras de coco acesso à terra e babaçuais

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O lançamento do mapa da “Nova Cartografia Social dos babaçuais: mapeamento social da região ecológica do babaçu” é parte do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA), sendo uma realização da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Estadual do Maranhão (Uema), com apoio da Ford Foundation, será realizado amanhã, dia 8 de maio, no auditório da Unidade I do Campus de Marabá, às 14 horas.

A programação iniciará com o acolhimento que se dará com cantos de resistências e lutas das quebradeiras de coco babaçu.

A coordenadora do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco (MIQCB) Francisca Silva Nascimento, coordenadora do MIQCB Regional Pará – Jucilene Rodrigues de Souza, coordenadores do PNCSA – Alfredo Wagner de Almeida e Rosa Elizabeth Acevedo Marin, coordenador do Projeto de Cartografia Social dos Babaçuais: mapeamento social da região ecológica do babaçu – Jurandir Santos de Novaes, coordenadora do projeto na Unifesspa – Rita de Cássia Costa, além de representações institucionais da Unifesspa, Emater, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Programa Territórios da Cidadania (Codeter), Cofama e Ministério Público participarão do evento.

Haverá a sessão de apresentação do mapa “Nova Cartografia Social dos babaçuais: mapeamento social da região ecológica do babaçu”, com a participação do professor Alfredo Wagner de Almeida e da representante do MIQCB – Francisca Silva Nascimento, com o auxílio das coordenações regionais do MIQCB do Piauí, Pará Maranhão e Tocantins.

Em seguida, haverá debate com os participantes da plenária. Logo após os presentes participarão do momento de “Diálogos de pesquisa: Quebradeiras de coco babaçu e nova cartografia social”.

Este projeto resulta de pesquisa, com trabalho de campo, georreferenciamento e a realização de reuniões e encontros de movimentos sociais e pesquisadores para levantamento e debate das questões em situação de pesquisa. Foi feita a retomada de mapas produzidos no âmbito da nova cartografia social da Amazônia e de fontes externas.

Já em laboratório, foram feitas reelaboração e elaboração de novos mapas, com que se dá o processo de construção do mapa que será apresentado.

O trabalho junto às quebradeiras de coco babaçu iniciou em 2014 e se estendeu até 2017, com o objetivo de mapear as organizações, situações sociais aos aspectos que lhe são relevantes e com foco nas áreas de incidência dos babaçuais e na configuração e reconfiguração da “região ecológica do babaçu”, com abrangência nos estados do Maranhã, Piauí, Tocantins e Pará.

O mapa assinala para uma área de babaçuais superior apontadas em mapeamentos anteriores. A pesquisa atual estima que existam 27 milhões de hectares de babaçuais. O mapa elaborado consiste em um instrumento de mobilização e de reconhecimento para as quebradeiras de coco babaçu, suas lutas por acesso à terra e babaçuais. Indica que os babaçuais, se renovam, ressurgem e resistem às práticas de devastação, pela derrubada, queima, envenenamento, entre outras.

O mapeamento dá visibilidade a estas situações socioambientais e à floresta de babaçu, nas áreas pesquisadas e no sudeste do Pará, que passa sucessivamente pela derrubada da floresta nativa, especialmente dos castanhais e também dos babaçuais, levando-se em consideração, os dois projetos realizados no período.