Justiça ordena inclusão de líder do Pará em programa de proteção

Continua depois da publicidade

A Justiça Federal ordenou a inclusão de Júnior José Guerra, líder comunitário ameaçado de morte por denunciar madeireiros que atuam ilegalmente na região, no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos.

Três parentes de Guerra também foram incluídos no programa por determinação, em caráter liminar, da juíza federal Lucyana Said Daibes Pereira, da Subseção de Altamira.

O texto da liminar faz menção ao caso de Dorothy Stang, assassinada em 2005 após várias ameaças, e de João Chupel, que denunciou a mesma quadrilha que persegue Júnior Guerra e foi morto a tiros em outubro do ano passado.

“Diante do cenário apresentado, outra solução não há senão a inclusão imediata do interessado e sua família no programa de proteção”, alega a juíza, que estabeleceu ainda multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento.

A liminar foi concedida em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) para garantir a segurança de Guerra, morador do Projeto de Assentamento Areia, em Trairão (PA). A decisão foi tomada depois de várias tentativas frustradas, de pedidos feitos à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), à Polícia Federal e à Secretaria de Segurança Pública do Pará.

O único programa que aceitou garantir a proteção de Guerra foi o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita), dedicado à proteção de pessoas que denunciem crimes contra os direitos humanos. Nesse caso, a testemunha pode ser obrigada a mudar de residência e a se distanciar de parentes e amigos. Em outros programas, a pessoa ameaçada pode receber, entre outras ações protetivas, uma escolta policial.

O ameaçado, no entanto, recusou-se a entrar no programa por considerar que, ao ter de abandonar a comunidade, estaria premiando bandidos “que estão roubando e matando qualquer pessoa que tiver qualquer divergência com eles ou que denuncie o esquema”, disse Guerra, por meio de nota divulgada pelo MPF.

Fonte: Agência Brasil

2 comentários em “Justiça ordena inclusão de líder do Pará em programa de proteção

  1. Paulo Henrique Responder

    Cadê o Prefeito dessa cidade??Povo vamos as ruas clamar justiça,cadê a Policia Judiciaria??até agora não tem uma linha de investigação.
    Mudança ja no Diretor da Delegacia
    Grato

  2. Marcos Responder

    Parauapebas até hoje só teve um Delegado,que se chamava André,temido por bandidos e trabalhava serio no combate ao crime.
    Hoje o atual delegado Diretor da Seccional de Parauapebas Miranda,se preocupa com Ca saniques,o tráfico de drogas tomou conta da cidade, homicídios,roubo,assaltos etc…Parauapebas precisa urgente de um Delegado capacitado,que se preocupa com a população de Parauapebas.

Deixe seu comentário

Posts relacionados