Governo do Pará abre sindicâncias para apurar denúncias na Colônia Agrícola

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O tenente coronel Jean Marcel garantiu que as denúncias serão apuradas e anunciou melhorias nas instalações da Colônia Heleno Fragoso

Duas sindicâncias já foram abertas, uma pela Corregedoria do Sistema Penitenciário do Pará e outra pela Corregedoria da Polícia Militar, para apurar denúncias de possíveis excessos cometidos contra internos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso (CAHF), por policiais militares. Na manhã desta quinta-feira (19), o coordenador geral penitenciário, tenente coronel Jean Marcel, afirmou em entrevista coletiva que o Governo do Estado determinou total apuração dos fatos, mas ressaltou que nunca será admitido “que presos dominem qualquer penitenciária no Pará”. As denúncias foram feitas por parentes de internos. Na quarta-feira (18), o corregedor penitenciário Robério Pinheiro esteve na Colônia Agrícola acompanhando uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção Pará.

Jean Marcel explicou que o Estado já vem adotando medidas de controle na Colônia Agrícola Heleno Fragoso. “As revistas de rotina são necessárias para coibir a entrada de bebidas alcoólicas, drogas e celulares, e para isso contamos com o apoio da Polícia Militar. Se houve excesso por parte dos policiais será apurado e, se for comprovado, os envolvidos serão responsabilizados”, afirmou.

O coordenador ressaltou ainda o processo de reestruturação implantado na Colônia Heleno Fragoso. “Há um investimento sendo feito na Colônia. Estamos concluindo a instalação de cerca em toda a área, e na segunda quinzena de agosto serão inaugurados um centro de ensino, três alojamentos e novos projetos que tornarão a Colônia autossustentável e permitirão aumentar o número de presos trabalhando”, concluiu.

As denúncias contra os PMs surgiram após uma revista realizada por agentes prisionais nos alojamentos da Colônia, com o apoio de 40 homens das tropas da Companhia de Operações Especiais (COE), Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e Batalhão de Polícia de Choque. Durante a revista foram apreendidos 27 celulares, 52 carregadores, seis fones de ouvido, 54 petecas de substância entorpecente, 48 latas de bebida lacradas e mais de 300 latas já consumidas, além de dezenas de garrafas de bebidas alcoólicas destiladas, como vodca, cachaça e whisky. Após a revista, familiares de presos procuraram a OAB e o Ministério Público para denunciar que a PM teria cometido excessos contra um grupo de internos na Colônia.

Fonte: Agência Pará de Notícias