O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) recebe nesta sexta-feira (20) a Ordem do Mérito Industrial, maior honraria concedida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O parlamentar também será homenageado com uma placa em referência aos vinte anos da Ação Pró-Amazônia, entidade representativa das federações de indústria dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal.
A homenagem ocorre no ano em que a Ação Pró-Amazônia completa duas décadas de existência, tendo sido fundada por Flexa Ribeiro, então presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, entidade que comandou entre 1990 a 1998.
No mandato de senador desde 2005, para o qual foi reeleito em 2010 com a maior votação da história do Pará ao cargo, com mais de 1,8 milhão de votos, Flexa Ribeiro tem sua pauta de atuação voltada principalmente ao desenvolvimento da Amazônia.
“As homenagens ao senador tratam-se de um justo reconhecimento pela sua incessante luta em prol do desenvolvimento da região amazônica. É preciso que todos saibam que, muito antes do Senado, o Flexa já era comprometido com o fortalecimento da indústria local, desempenhando ações para o crescimento sócio-econômico da nossa Amazônia”, explica José Conrado Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA).
Esta semana, Flexa Ribeiro terminou de recolher as assinaturas necessárias com todas as bancadas dos estados da Amazônia e irá criar, já no início de junho, a Ação Parlamentar Pró-Amazônia. Tal grupo já nasce com força: são 27 senadores, o que corresponde a um terço do Senado.
“O exemplo da Ação Pró-Amazônia, que teve total apoio da CNI deve ser inspiradora para outras esferas da sociedade e entre elas, claro, a política. Se conseguirmos um bloco que deixe as questões partidárias de lado e vote e atue pensando apenas na Amazônia e nos seus desafios, nossa região certamente tem muito a ganhar e garantir o caminho para um desenvolvimento sólido e sustentado”, afirma Flexa.
Além da recente criação da Ação Parlamentar, o mandato de Flexa tem sido marcado por sua ampla defesa dos assuntos que interessam a região. É de sua autoria, por exemplo, uma proposta que impede o contingenciamento, uma espécie de bloqueio, de recursos da União destinados para a Região Norte.
Também é seu um projeto que permite a recomposição em áreas degradas da Amazônia com espécies nativas e exóticas, o que poderá auxiliar o reflorestamento legalizado na região. Ao todo, em pouco mais de seis anos de mandato, Flexa Ribeiro apresentou 55 matérias, entre projetos de lei e propostas de emendas à Constituição (PEC). Em seus pronunciamentos da tribuna do Senado – que já somam quase mil (967) – Flexa Ribeiro sempre ressaltou temas que abordam a necessidade de melhoria da qualidade de vida dos 25 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.
Também é destaque sua defesa de uma reforma tributária e fiscal, que garanta a revisão do pacto federativo, mecanismo que distribui os recursos advindos dos impostos de forma desigual, sendo 60% para a União, 24% para os Estados e 16% para os municípios. Segundo Flexa, tal distrbuição é injusta, uma vez que a população da Amazônia tem crescido e aumentado a demanda para governadores e prefeitos, que ainda dispõem de poucos recursos.
Nos anos em que presidiu a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado (CCT), Flexa Ribeiro priorizou o debate para melhorar a produção científica na Amazônia. Mais que isso, precisamos equilibrar nossa produção científica no território nacional. Existe um desequilíbrio regional latente na distribuição dos recursos humanos pelo território nacional.
Hoje, apenas 75 cursos de pós-graduação, dos 2.850 existentes no Brasil, estão na Região Norte. Apenas cerca de mil doutores atuam na região, enquanto mais de 30 mil atuam na Região Sudeste. Existe na Região Norte apenas dois cursos de doutorado em botânica. “A ciência e a tecnologia são vitais para o desenvolvimento de um povo e uma nação. E só com o conhecimento, podemos produzir inovação, que é o combustível para acelerar a produção de forma mais eficiente e sustentável”, aponta Flexa. “Tais limitações que hoje podemos observar são comprometedoras e temos de mudar esse quadro, para que possamos dar resposta adequada ao desafio e à oportunidade que representa a Amazônia”, completa Flexa Ribeiro.
A homenagem
Criada em 1958, a Ordem do Mérito Industrial é a maior honraria concedida pela CNI, atualmente presidida por Robson Braga de Andrade. A comenda é oferecida em âmbito nacional a, no máximo, dez pessoas a cada ano e cada nome é avaliado por um comitê de avaliação. Personalidades como Juscelino Kubitschek, José Alencar e Jorge Gerdau Johannpeter foram alguns dos agraciados com a honraria.
Ação Pró-Amazônia
Atualmente coordenada por Edilson Baldez das Neves, presidente da FIEMA, a entidade completa vinte anos em 2011. Ao longo de sua existência, a Ação Pró-Amazônia desenvolveu sua identidade própria, principalmente junto à CNI. Muitas ações executadas pelo Sistema foram impulsionadas por propostas feitas pela Pró-Amazônia que, sempre de forma coesa e conjunta, lutou pela diminuição das desigualdades regionais vividas por suas Federações em seus Estados. É formada pelas federações da indústria dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Perfil
Fernando de Souza Flexa Ribeiro, 65 anos, nasceu em Belém e formou-se em Engenharia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), onde foi professor até 1987. Presidiu a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), de 1990 a 1998 e também assumiu o cargo de vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi nesse período que fundou a Ação Pró-Amazônia, no âmbito da CNI, reunindo as federações de indústria dos nove Estados da Amazônia Legal.
4 comentários em “Flexa Ribeiro receberá amanhã a Ordem do Mérito Industrial da CNI”
Enquanto isso a empresa Engeplan do senador Flexa e BMT ligada ao senador Flexa já para uns 3 anos de calote em Parauapebas.
Será que ele como senador acha que tem foro previlegiado, também para pagar as contas.
Paga suas contas senador Flexa!
O “Circo tá pegando fogo” com o episódio da CPI aqui em Parauapebas e o o blogueiro ZÉ DUDU fica noticiando BOBAGENS a respeito de recebimento de comenda pelo senador F. Ribeiro. É lamentável que um cidadão que se propõe a informar à população as notícias do municipio…
Francisco, vc que parece estar mais informado do que eu sobre o assunto me diga: quem compõe o quadro da CPI, quem é o relator, quais as diretrizes da CPI, o que ela irá investigar?
Só falo do que sei, e por enquanto, da CPI nada sei a não ser que foi requerida.
Enquanto isso, deu no Liberal de hoje, 19.05.11:
“Escândalo
Comissão Federal afirma que empresa sempre vencia as licitações na Casa
A Comissão Externa da Câmara Federal, que esteve em Belém na semana passada, trouxe mais elementos para as investigações do Ministério Público do Estado sobre as fraudes na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Segundo a denúncia, que foi veiculada ontem pela TV Liberal, a empresa JC Rodrigues de Souza, de propriedade de José Carlos Rodrigues de Souza, é registrada como fabricante de farinha de tapioca e derivados, mas sempre saía vitoriosa de licitações da Casa para serviços diversos. A firma forneceu materiais elétricos e prestou obras de engenharia, entre os anos de 2005 e 2006, recebendo mais de R$ 2 milhões pelos serviços. O presidente do Poder era o atual senador Mário Couto (PSDB) e a integrante da Comissão de Licitação era a ex-mulher do empresário, Daura Irene Xaver Hage, que chegou a ser presa temporariamente durante as investigações do MPE.
Em 2007, a ex-deputada Regina Barata (PT) chegou a denunciar o caso no plenário da Alepa, mas os crimes não ganharam nada além de manchetes nos jornais. Na ocasião, o ex-presidente da Alepa ganhou o apelido de “Tapiocouto”. A referida empresa, cujo nome fantasia é Croc Tapioca, também fornecia farinha de tapioca que era usada na Assembleia para servir mingau aos deputados e assessores em plenário.
A matéria da TV Liberal exibiu notas fiscais comprovando que a JC Rodrigues forneceu material elétrico para a Alepa no valor de quase R$ 80 mil, em março de 2006.
A reportagem também exibiu a assinatura de Daura no processo licitatório que teve a firma do ex-marido como vencedora. Outra nota fiscal, de maio do mesmo ano, emitida pela empresa Tópicos Comércio de Gêneros Alimentícios Ltda, venceu a licitação da Alepa de R$ 148 mil para reformar o auditório e a galeria de ex-presidentes da Casa. A Tópicos tem o mesmo dono e o mesmo endereço da Croc Tapioca, em Icoaraci, mas não tem registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), o que garantiria a habilitação para realizar obras.”