Execução de policial militar dentro de casa provoca reunião de emergência

O crime ocorreu no início da tarde de ontem e, à noite, o governador e a cúpula da Segurança Pública no Pará se reuniram para traçar estratégias de enfrentamento à audácia dos criminosos

Continua depois da publicidade

A execução, a tiros, da cabo Maria Fátima Cardoso dos Santos, 49 anos, da Polícia Militar, na tarde de ontem, domingo (29), dentro da casa dela, na rua Nova Cintra, Bairro do Curuçambá, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, provocou reunião de emergência à noite, entre o governador Simão Jatene e a cúpula da Segurança Pública do Pará. Cabo Fatima foi a 21ª policial assassinada no Estado desde o início de 2018. Ela era lotada na 2ª Companhia do 6º Batalhão de Polícia Militar, em Ananindeua.

A reunião aconteceu na sede da Delegacia Geral, em Belém. No encontro, foram traçadas medidas para o enfrentamento da criminalidade no Pará, especialmente na região Metropolitana de Belém. Dentre os gestores que participaram da reunião estavam o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes, o delegado geral de Polícia Civil, Cláudio Galeno, o coronel Hilton Benigno, comandante geral da Polícia Militar do Pará (PMPA), o subcomandante da PM, coronel Leão Braga, além da equipe de Inteligência e comandantes de batalhões.

Execução-de-policial-militar-dentro-de-casa-provoca-reunião-de-emergência

No encontro, foram anunciadas novas medidas de combate à criminalidade, que vêm se somar a uma série de outras já tomadas e efetivadas pelo governo. Uma delas, segundo o secretário Luiz Fernandes, é a troca da empresa responsável pelo bloqueio dos sinais de celulares nos presídios. “Vamos fazer uma nova licitação e resolver essa situação com urgência, porque a empresa estava atribuindo as dificuldades às operadoras e vice-versa, e não podemos admitir esse jogo de empurra-empurra diante de um problema tão sério”, afirmou.

Fernandes acredita que essa guerra declarada aos policiais tem relação com o fato de que muitos dos principais mandantes do crime organizado estão presos e tentando agir contra o Estado. “Nós consideramos que toda morte de policial, além de um crime contra a vida humana, é uma agressão direta ao Estado, e não vamos medir esforços nesse combate, tampouco nas prisões dos responsáveis e nas medidas de proteção aos nossos policiais”, afirmou o titular da Segup. “Não vamos tolerar essa afronta aos nossos policiais, ao Estado e à tranquilidade e paz da população”, concluiu.

Com informações da Agência Pará