Ao longo dos últimos anos, muitas empresas de fora de Parauapebas têm dado calote aos empresários locais, e isto tem causado revolta e indignação em todos que deram crédito a essas empresas, acreditando ou confiando muitas vezes na mineradora Vale.
Segundo os comerciantes, as empresas que se apresentaram para comprar na praça, também usam a Vale para pedir crédito, e o pior, parecem não possuir capital de giro próprio, pois esperam pagar as dívidas assumidas na praça com o faturamento que esperam ter dos trabalhos que irão executar para a mineradora. Na opinião da diretoria da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas, isso é inaceitável ”pois é fato corriqueiro que qualquer empresa que vai iniciar suas atividades terá que dispor de capital de giro para pelo menos os primeiros três a seis meses, até que suas atividades deslanchem e é isto pelo menos que parecem elas disserem para a Vale quando são vencedoras de uma licitação, mas o que tem acontecido de concreto é que as empresas de boa fé e outras por precisarem vender, e muitas vezes iludidas pela lábia e pelo poder aparente, e outros confiando na Vale, terminam vendendo sem tomar os cuidados necessários de se elaborar um cadastro, exigir cópia do contrato, firmar contrato de prestação de serviços e fornecimento de produto no qual poderia ficar estabelecido as condições, forma de pagamento, prazo, circulação de multa, quebra de contrato, etc.
Na verdade a pessoa procurada para dar crédito se sente constrangida em ver uma famosa empresa dizendo que irá trabalhar para a Vale, se sente intimidada em fazer um cadastro em um pequeno comércio”, enfocou Manoel Chaves, assessor jurídico da ACIP.
Essas colocações explanadas por Manoel Chaves foram entregues em um documento ao presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Parauapebas para estudar as ideias da ACIP, cujo teor evita que os comerciantes locais possam ser prejudicados.
O documento foi entregue através de reunião na Câmara Municipal entre diretores da ACIP e a grande maioria dos edis, entre eles: José Adelson, Odilon Rocha, Faisal Salmen, Euzébio Rodrigues, Wolner Vagner, Miquinhas da Palmares e representantes da mineradora Vale.
Após as colocações de José Rinaldo, atual presidente da ACIP, cópias dos documentos foram entregues a todos os participantes, ficando as autoridades responsáveis por estudarem as sugestão e reivindicações, sendo que uma das mais esperadas pelos comerciantes é o “Nada Consta” que seria fornecido pela ACIP e exigido pela Vale, pois a ACIP entende que iria dar tranqüilidade e segurança nas relações comerciais e jurídicas envolvendo fornecedores e empresas de fora, evitando assim polêmicas como os casos da Doppler e Hidelma.
A ACIP está elaborando ainda um levantamento de todas empresas de fora que aplicaram calote nos empresários locais e a pedido da Vale, está desenvolvendo um termo de ocorrência de toda e qualquer denúncia de empresa que esteja devendo a credores locais e no final do mês será elaborado um relatório que será enviado a Vale e ao Ministério Público para adoção de medidas cabíveis.
Fonte e Foto: ASCOM ACIP
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