Canaã: dados apontam que os casos confirmados da dengue cresceram 11 vezes mais em 2019

Ao contrário da leishmaniose em humanos, onde os números caíram pela metade

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Um levantamento feito pela Vigilância em Saúde da Prefeitura de Canaã dos Carajás apontou que em 2019 foram registrados 275 casos confirmados da dengue. Um número 11 vezes maior que em 2018, quando apenas 24 casos foram diagnosticados na cidade.

Para evitar que em 2020, o número de pessoas infectadas com a dengue volte a crescer, a Vigilância em Saúde do município intensificou o trabalho nos bairros e comunidades rurais com o maior índice de infestação do mosquito aedes aegypti, através de um inquérito epidemiológico. Equipes da vigilância, secretaria ambiental e da empresa que faz a coleta de lixo realizam um mutirão promovendo a limpeza dos quintais e orientação educativa sobre os cuidados que a população deve ter para evitar a proliferação do mosquito, como deixar vasilhames que acumulem água.

Dengue

A dengue é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes Egypti que também é responsável pela transmissão da chikungunya, febre amarela e zika. Os sintomas são febre alta, dores de cabeça, nos olhos e nas articulações

Redução da Leishmaniose

Na contramão da dengue, os casos de leishmaniose visceral (calazar) em humanos caiu pela metade. Em 2018 foram registrados 54 casos contra 21, no ano passado.  De acordo com a vigilância, essa redução é resultado de um serviço iniciado em 2018, preconizado pelo Ministério da Saúde, através da identificação de humanos doentes, identificação dos bairros mais infestados, para poder mobilizar ações de combate ao mosquito flebótomo e a borrifação de produtos químicos nos locais onde houve a confirmação da doença.

Na cidade, o surto de leishmaniose, principalmente em cães, fez com que o município adotasse a eutanásia de animais doentes como uma das medidas para conter a doença. Desde o mês passado, o manejo ambiental vem sendo feito, toda sexta-feira, na cidade e na zona rural, com a retirada de galhadas e lixo pela empresa que faz a limpeza no município.

Calazar

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é a forma mais grave da leishmaniose. Se não for tratada, chega a ser fatal em mais de 95% dos casos. O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada do mosquito flebótomo, mais conhecido como mosquitos-palha.  Esses insetos podem ser encontrados ao redor das residências em locais sombreados e com matéria orgânica (galinheiro, chiqueiro, canil, lixeiras, etc.) e também em seu interior. Os sintomas são febre, perda de peso, fraqueza, aumento do baço e do fígado, nódulos linfáticos inchados e anemia.