Desempregados dormem na fila em busca de um emprego em Jacundá

De domingo para segunda-feira, centenas de desempregados dormiram na porta do escritório de uma das empresas do Consórcio Novo Pará

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“Cheguei aqui meia-noite para tentar uma vaga. Não quero saber qual será minha função, apenas quero uma oportunidade para trabalhar porque estou há dois anos vivendo de bicos”. Esse é o desabafo do desempregado Francely dos Santos, que entregou seu currículo a uma empresa responsável por um trecho da construção da Rodovia PA-150, no município de Jacundá, localizado na região sudeste do Pará.

O anúncio de recebimento de currículos para futuras contratações por uma das empresas do Consórcio Novo Pará, responsável pela reconstrução de um trecho da Rodovia PA-150, chamou a atenção de quem está na fila de desempregados. “Agora que consegui chegar aqui, não vou desistir”, disse Raimundo Pereira, que também está sem trabalho.

A Reportagem foi até ao pátio onde será instalado o canteiro de obras da empresa. Um dos funcionários, que disse não saber informar cerca de contratações, apenas comentou que a fila começou a ser formada por volta de meia-noite de domingo (3). “Quando o dia amanheceu a fila estava dando voltas”, testemunhou.

Em poucos mais de três horas, cerca de 700 currículos foram entregues na portaria da empresa. Segundo o mesmo funcionário, primeiro será montado o canteiro de obras e os currículos serão avaliados depois pela equipe de recursos humanos. O número de vagas ofertadas não foi divulgado nem os cargos oferecidos.

O trecho entre os municípios de Marabá e Goianésia do Pará, totalizando 164 km, dos 332 km que compõem a PA-150, é um dos mais importantes corredores de escoamento da produção paraense. O investimento é de R$ 75.356.556,77. A previsão de conclusão das obras é abril de 2020.

A rodovia receberá, ainda, nova sinalização, com aplicação de tachas refletivas nos 164 km contratados, abrangendo o trecho entre Goianésia do Pará e o distrito de Morada Nova, melhorando a visibilidade da pista.