Cosan e Grupo Paulo Brito assinam joint venture para exploração de minério de ferro em Parauapebas

Gigante dos combustíveis fez oferta para comprar porto no Maranhão para escoar produção
Cosan quer explorar minério de ferro no Pará

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Brasília – Uma das líderes nacional no mercado de combustíveis, a gigante Cosan, por meio da Atlântico — sua controlada —, planeja diversificar seus negócios e prepara a entrada na área de mineração por meio de uma joint venture com o Grupo Paulo Brito, controlador da Aura Minerals. O primeiro projeto mineral a ser explorado pela joint venture está localizado próximo a Parauapebas (PA), na região de Carajás, conectado ao porto pela estrada férrea de Carajás. O escoamento da produção será pelo porto de TUP, em São Luis (MA). O início da exploração e produção está previsto para 2025.

O memorando divulgado na segunda-feira (23), prevê que a Atlântico deterá 37% do capital total e controle compartilhado da nova companhia — ou seja, 50% das ações ordinárias da empresa.

A Cosan anunciou uma nova estratégia de investimentos, por meio da qual poderá entrar em novos negócios. Esse movimento já inclui, segundo a empresa, a apresentação de proposta para a aquisição de 100% do TUP São Luís, terminal portuário de uso privado localizado na capital do Maranhão, por R$ 720 milhões, além da formação de uma parceria no setor de mineração.

O Terminal de Uso Privado (TUP) de São Luís, é considerado um dos maiores empreendimentos de logística do país

Porto

A oferta pelo porto foi enviada pela Atlântico à São Luís Port Company, da chinesa CCCC, e aos acionistas minoritários que somam participação de 49% no terminal, disse a companhia. O fechamento da operação está sujeito a condições, como aprovações regulatórias e concorrenciais, bem como a aprovações societárias da CCCC.

O Terminal de Uso Privado (TUP) de São Luís, possui área de 200 mil hectares. Atenderá áreas central, norte e nordeste do país, interligado pelas Ferrovias Norte Sul e Carajás. O projeto compreende seis berços, sendo quatro na primeira fase de construção e dois na segunda, mais ponte de acesso, acesso rodoferroviário e pera ferroviária. A obra terá investimento de R$ 800 milhões, com a conclusão da primeira fase em quatro anos.

O terminal de uso privado é uma parceria entre as empresas CCCC — chinesa — e as brasileiras WPR e Lyon. É considerado um dos maiores empreendimentos de logística do país.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.