Corpo de jovem trucidado no Bairro São Lucas 1 é reconhecido pela viúva

Hellen Jane Oliveira reconheceu o marido por uma foto postada no Instagram. Diz que nem sequer imagina o que pode ter motivado tamanha violência contra José Roberto Pinheiro

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Foi identificado como de José Roberto Silva Pinheiro, de 26 anos, natural de São Luís (MA), o corpo encontrado no alto do morro do loteamento do Bairro São Lucas 1, no Complexo VS-10, no final da tarde de sábado (9). Vítima de violência animalesca, o cadáver estava com a cabeça separada do corpo, tórax aberto de cima abaixo e com os dedos da mão direita cortados.

Quem reconheceu o corpo, por meio de uma postagem no Instagram, foi a mulher de José Roberto, Hellen Jane Barros Oliveira. Ela contou à Reportagem que, o último contato que teve com o marido foi na sexta-feira (8), perto das 18h, quando ele ligou avisando que já estava voltando para casa, “como fazia todos os dias”.

Como José Roberto não retornou nem atendia mais às ligações ao celular dele, ela se desesperou e procurou a Delegacia de Polícia Civil no sábado (9), para registrar um Boletim de Ocorrência. Mais tarde, viu fotos de um corpo trucidado postadas no Instagram e pediu a uma das pessoas que postou. Recebeu a foto e constatou que a pessoa morta era mesmo o marido.

Segundo Hellen Jane, eles viviam no Maranhão e, há um ano, José Roberto, que era motorista de caminhão, recebeu uma proposta de emprego em Parauapebas, onde mora a mãe dela. “Ele conseguiu a vaga, depois foi para outra empresa. Ficamos muito felizes”, contou a mulher, que convivia com o marido havia quatro anos e com ele tem um filho de dois anos de idade.

De acordo com Hellen, o marido não saía sem ela, “nem que fosse para ir na esquina”, eles iam juntos. “Eu era que tinha o controle das contas bancárias dele, sabia quanto ele ganhava e tudo mais. Quando ele saía do trabalho, me avisava, todos os dias. Não tinha inimigos, não bebia para se embriagar nem usava drogas”, descreve a viúva.

Hellen nem sequer conseguiu olhar o corpo do marido no IML, quem fez o reconhecimento foi o padrasto dela, que afirma não ter a menor ideia do que motivou tanta violência. “Apesar da moto dele, uma Honda Pop 110 ter sido roubada, assim como o celular, não acredito que isso foi motivado pelo roubo. Quem fez isso estava com muita raiva”, lamentou.

(Caetano Silva)