Condutor avança preferencial e mata motociclista em Parauapebas

De duas uma: muitos condutores não sabem a diferença de uma preferencial e de uma via secundária ou falta sinalização nesses cruzamentos, tal o número de mortes que vêm acontecendo por esse motivo

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Tudo indica que muitos motoristas de Parauapebas não sabem discernir o que é uma preferencial ou que falta sinalização nesses cruzamentos avisando de quem é a preferência, tal o número de acidentes com mortes registrados ultimamente na cidade nessas esquinas. Neste sábado (7), por volta das 18h, mais uma pessoa faleceu em razão de avanço de preferencial. A vítima foi o escrivão de Polícia Civil Adriano da Cruz, de 29 anos, que, ao trafegar de moto pela Avenida Jamaica, no Bairro Vale do Sol, foi violentamente colhido pelo automóvel dirigido pelo condutor João Felipe dos Santos, 21, que se deslocava pela Avenida Havana e deveria ter parado no cruzamento das duas vias, onde a Jamaica é a preferencial.

Adriano, que era cadeirante, pilotava a moto Honda Biz 125cc, cor preta, placa JVA-9294/Parauapebas (PA), e levava na garupa a sua mulher, Jayane Feitosa Dantas, quando a moto sofreu a batida e ele foi arremessado a 20 metros de distância, morrendo instantaneamente. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e removeu Jayane ao Pronto Socorro, onde ela continua internada.

O carro que avançou a preferencial, dirigido por João Felipe dos Santos, é um automóvel VW Gol Up, cor preta, placas NEO-7432/Macapá (AP). O condutor, segundo testemunhas, dirigia em alta velocidade, e por pouco não foi linchado por populares após o acidente, em que o carro atravessou o canteiro central e derrubou uma árvore. O choque foi tão violento que a placa traseira do carro caiu. O motorista só não foi surrado porque uma guarnição da Guarda Municipal chegou minutos depois e assumiu o controle da situação.

Apesar de as testemunhas contarem que o carro estava em alta velocidade e do estrago que o acidente causou, inclusive com a perda de uma vida humana, a empresa de rastreamento em que o carro é cadastrado, registra que no momento da colisão o carro se deslocava a 46 km/hora. 

Condutor profissional ouvido pelo Blog, mas que pediu a preservação de seu nome, disse que, a 46 km por hora, “é possível que a batida fosse inevitável, porém o motorista teria tempo de pisar fundo no freio e até – quem sabe? – evitar a morte do motociclista”. (Caetano Silva)