Combate à violência será intensificado em Parauapebas

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As últimas ocorrências de assaltos a farmácias e taxistas de Parauapebas e outros roubos a residências, além de assaltos à mão armada, levaram as autoridades policiais a implantar na cidade a “Operação Eirene” (a Deusa grega da Paz), já realizada com sucesso em Belém e região metropolitana. Ela consiste em três pilares: inteligência, operação e integração.

Os detalhes da operação foram apresentados hoje no Quartel da Polícia Militar às autoridades policiais e do judiciário, além de um grupo de taxistas. As exposições foram feitas pelo Comandante Geral da PM de Parauapebas, Tenente-Coronel Roberto Coracy, e pelo sub-Comandante, Major Sabbá. O delegado Antônio Miranda, titular da 20ª Seccional de Polícia Civil do município, e o Comandante do Corpo de Bombeiros, Major Luís Cláudio, também participaram da reunião.

Segundo o coronel Coracy, a Operação Eirene será desencadeada duas vezes por mês – já a partir desta sexta-feira, com o objetivo de combater o crime de uma forma geral. “Vamos fazer barreiras, fiscalizar veículos, inclusive taxis e o funcionamento de bares. A operação conta com a participação de todos os órgãos policiais e do judiciário. “O potencial econômico de Parauapebas e região tem atraído muita gente para o município e algumas dessas pessoas, talvez por não conseguirem emprego, acabam se desviando para o caminho da criminalidade. Alguns fatores levam a isso, como, por exemplo, a mão de obra não especializada. Às vezes, não é culpa dos gestores, pois o que se faz hoje foi planejado no ano passado. A cidade cresce muito a cada ano. A saída, portanto, é unir forças. Juntos, teremos resultados satisfatórios e assim poderemos prover de uma segurança com qualidade”, declarou o Comandante da PM em Parauapebas.

Segundo ele, na noite de terça-feira, no Bairro Casas Populares I, numa ação policial, um bandido foi morto, um foi preso e outro fugiu. “Isso já foi uma resposta da polícia para esses bandidos que estavam assaltando farmácias e taxistas na cidade”, destacou o coronel Coracy.

Foi presa também uma quadrilha que estava dentro de um taxi. O caso está sendo investigado para saber se o taxista era vítima ou participava dos assaltados.

“O objetivo da Operação Eirene é sufocar a criminalidade no Estado. Uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública, incluindo as Polícia Civil e Militar, além do Conselho Tutelar, Detran e outros órgãos, com a finalidade é devolver tranquilidade à sociedade de Parauapebas”, afirmou o delegado Antônio Miranda, acrescentando que a Operação Eirene ocorrerá duas vezes por mês. Ele ressaltou, no entanto, que “todos os finais de semana continuarão os patrulhões na cidade para combate à violência”.

Taxistas
Os taxistas estão assustados com os últimos acontecimentos na cidade. Só nos últimos 15 dias foram assaltados cinco profissionais do volante. “Um deles, inclusive, o Ilário, foi baleado no braço”, afirmou o presidente da Cooperativa de Taxis de Parauapebas , Cariolano Alves da Costa, o Cari, 54 anos, morador de Parauapebas há 16 anos e há sete trabalhando com taxi. “Estamos muito preocupados porque tem crescido o número de assaltos a taxistas. Esses bandidos estavam assaltando farmácias. Como a polícia fechou o cerco, eles passaram a assaltar taxistas. Levam os motoristas para lugares afastados, tomam dinheiro, celular e levam o carro”, disse Cari.

Segundo ele, os bandidos chegam ao ponto de dizer para os taxistas que também são pais de famílias e que estão fazendo os assaltos para “levar o leite das crianças”.

Cari e cerca de 20 motoristas de taxis foram ao Quartel da Polícia Militar nesta quarta-feira ouvir as explicações e orientações das autoridades policiais sobre as ações da polícia e as precauções que a categoria deve ter, como, por exemplo, “ficar atentos aos passageiros e, se desconfiar de alguma coisa, acionar a polícia imediatamente”.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Parauapebas, Sandro Luiz do Nascimento Rocha, também manifestou preocupação com a situação da violência. “Viemos obter informações e orientações sobre o que fazer para passarmos para os companheiros taxistas para que eles tenham tranqüilidade para trabalhar. É melhor prevenir do que remediar”, afirmou. “Os meliantes agem como um passageiro normal, mas após algum tempo de corrida eles puxam a arma de fogo e anunciam o assalto. E não tem como a gente identificar quem é bandido ou não”, acrescentou Sandro Luiz, de 40 anos, maranhense de Santa Luzia (MA), que chegou a Parauapebas em 1993 e desde 2004 trabalha com taxi na cidade. (Por Lima Rodrigues, de Parauapebas-PA).

3 comentários em “Combate à violência será intensificado em Parauapebas

  1. Castro Responder

    A minha casa foi arrombada e roubaram várias ferramentas e equipamentos elétricos. Os ladrões deixaram evidências (digitais) que poderiam leva-los à cadeia, mas quando fui à delegacia, o escrivão me disse que não tem peritos na cidade para realizar esses levantamentos, e me disse apenas para eu levantar o que roubaram e fazer o registro pela internet, que também não consegui fazer, e tive que ficar horas até ser atendido. Além de falta de policiais, falta também peritos para esses levantamentos.

  2. Marcel Responder

    Minha casa foi arrombada no carnaval… fiz o BO depois de muita demora… e até hoje não acharam nada nem pegaram os marginais…. essa é a Segurança Pública que foi debatida ou o que debateram foi o mundo utopico que muitos politicos prometem quem vivemos?

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