Coluna Direto de Brasília #Ed. 231 – Por Val-André Mutran

Uma coletânea do que os parlamentares paraenses produziram durante a semana em Brasília.
Como o Brasil estará em seis meses? Crédito: Foto aérea do Brasil capturada pela Estação Espacial Internacional

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A trinta e seis dias…
A trinta e seis dias de assumir o 3º mandato para comandar a 10ª maior economia do mundo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva assumirá um país com situação fiscal equilibrada, os maiores superavits da história obtidos pelas estatais, redução considerável do tamanho da máquina pública e inflação sob controle, em comparação com os países do G-7, as sete maiores economias do mundo.

…dos cem primeiros dias…
Prometendo um governo de pacificação do país claramente dividido ao meio e com 25% de sua população apta a votar anulando, votando em branco ou sequer comparecendo para votar por não querer saber de Lula, muito menos de Bolsonaro, o novo gov,erno do pai da esquerda do Brasil será marcado pelos cem primeiros dias por uma gente ávida por vingança.

Já passa de 400 nomes que Lula escalou para o governo de transição e ainda falta definir os nomes para a área da Defesa Nacional 

…que antecedem cento e oitenta primeiros dias
Um revogaço de decretos do atual governo será o primeiro ato de Lula, o que vai desmentir o Lula Paz e Amor reencarnado de 2003. O novo presidente aboletou quase 400 pessoas que visam seus interesses, estão se lixando para a responsabilidade fiscal e vão ajudar a entupir todos os escalões de governo de barnabés — vários se qualificação —, para tocar uma máquina pública que vai dobrar de tamanho nos seis primeiros meses de governo.
— E o céu é o limite.

Transição
A tarefa do governo é só uma: descobrir quanto cada ministério tem para gastar sem dó nem piedade e quanto temos de reservas para serem queimadas em projetos de países amigos, em várias ditaduras implacáveis com os direitos humanos que Lula mente ao dizer que defende. A primeira mentira já foi revelada no dia seguinte a sua eleição: a proteção dos pobres.

Ministro da Economia Paulo Guedes presta contas e faz despedida do governo

Todos sabiam
Lula vai desconstruir os fundamentos de um país que estava buscando qualificação para sua entrada na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), disse Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro.
Lula deve repetir o que fez no passado, agora que voltou à cena e transferir valores das reservas do Brasil para financiar a companheirada do Fórum de São Paulo que precisa de dinheiro para continuar calando e oprimindo o seu povo.

Sem comparação
Para testar a paciência do público, andam dizendo que será Fernando Haddad o “Post Ipiranga” de Lula.
Sai de cena um dos maiores economistas do mundo, Paulo Guedes e pode entrar Fernando Haddad, um economista cuja dissertação de Mestrado é sobre o “Caráter Sócio-Econômico do Sistema Soviético”.
Seu interesse de pesquisa ajuda a explicar as suas ideias, conectadas com o passado e justamente isso que Lula pensa e quer fazer: o filme De Volta para o Passado.
— Que Deus tenha piedade de nós!

Arrependimento
Uma semana após Alexandre de Moraes declarar o vencedor do pleito deste ano — aliás, o seu candidato —, as declarações de Lula são de um governo da desesperança, do medo, da suspeita, da desconfiança e de tudo aquilo que pode haver de pior na expectativa do futuro próximo para o país.

Amostra grátis
A amostra grátis do que será o governo só produziu notícia ruim. A cada vez que Lula abre a boca, as coisas pioram: a bolsa de valores derrete, o dólar dispara, os juros para operações futuras sobem. É o contrário, exatamente, do que vinha acontecendo até sua eleição – quando cada mês registrava melhoras em todos os índices econômicos essenciais, da inflação ao desemprego, das exportações à arrecadação federal, do gasto público ao lucro das estatais.

Demolição
De 3 de novembro para cá, a casa começou a cair — e ninguém está pondo mais força na demolição do que o novo presidente. A tal PEC da Gastança é o maior exemplo e foi adiada pela terceira semana seguida para semana que vem.
Aposto que a PEC não passa como quer o presidente eleito.

Passa…
O senador Paulo Rocha (PT-PA) confirmou na manhã de quarta-feira (23), que o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição será entregue no Senado na semana que vem após a revisão de Lula. Segundo o petista, o texto insistirá no prazo de quatro anos para que o Bolsa Família fique fora do teto de gastos.

…ou não passa?
Segundo ele, o valor de R$ 175 bilhões é imprescindível para o governo eleito. “Vamos deixar as PEC paralelas de lado e vamos trabalhar a nossa”, afirmou Rocha, ao chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição.
Desempregado após 1º de janeiro, o líder do PT no Senado será premiado por Lula o com o cargo de chefão da Sudam.

Eleições 2022

Quanto custa?
Interessados em saber quanto custa ser um deputado, a resposta vai de algumas dezenas de milhares de reais a milhões.
— Sem capilé, ninguém se elege deputado federal no Brasil, o que dirá senador.

Levantamento
A Coluna arrumou pano seco de algodão, limpou a lente de aumento e passou a lupa, para levantar quanto custou a eleição de cada um dos 17 deputados federais que comporão a nova Bancada do Pará no ano que vem.

Haja grana
Os deputados federais eleitos neste ano gastaram 40% mais, já descontada a inflação do período, do que os colegas que conseguiram uma cadeira na disputa de 2018, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na eleição de outubro passado, os parlamentares investiram em média R$ 1,8 milhão para se eleger, ante R$ 1,3 milhão de quatro anos atrás.

Diferenças regionais
Os valores para se eleger para a Câmara se alteram também conforme o Estado. Para conquistar um mandato pelo Paraná, por exemplo, o candidato precisou investir, em média, R$ 2,2 milhões, maior valor dentre as unidades da federação. Na outra ponta do ranking está o Amapá, Estado que teve o menor valor médio de R$ 678 mil.

Maiores bancadas
Nos três Estados com maior eleitorado e mais cadeiras na Casa, os investimentos para se eleger foram altos.
Por exemplo, em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do País, com 16,2 milhões de eleitores, a disputa por uma cadeira custou, em média, R$ 2 milhões. Em São Paulo, Estado com mais eleitores (34,6 milhões), o valor chegou a R$ 1,9 milhão. No Estado do Rio, com 12,8 milhões de eleitores, a despesa média do candidato eleito a uma vaga na Câmara foi de R$ 1,6 milhão.

Campanhas nos estados
Valor médio para se eleger na Câmara dos Deputados por Estado. Confira o quadro abaixo.

No Pará
No quadro abaixo o leitor confere quanto cada deputado eleito gastou para se eleger deputado federal.
Interessante é que o salário de um deputado atualmente é de R$ 33.763,00 por mês. Em quatro anos ele receberá, R$ 1.620.624,00. Portanto, qualquer gasto para se eleger acima do total que receberá em quatro anos, significa que ele é um tonto e está pagando para ter prejuízo para ser deputado. Mas, calma, na verdade eles são espertos.

NOTAS:

• Celso Sabino (UB-PA) gastou 8 vezes mais dinheiro do que o candidato Henderson Pinto (MDB-PA) para se eleger. O primeiro foi o que mais gastou e o último o que menos gastou.
• Sete candidatos só conseguiram se eleger graças a média de votação de seus respectivos partidos. São eles: Airton Faleiro (PT), Andreia Siqueira (MDB), Delegado Caveira (PL), Henderson Pinto (MDB), Keniston (MDB), Olival Marques (MDB) e Raimundo Santos (PSD).

Como foi gasto o seu dinheiro?
Acompanhe nos dois quadros abaixo, com dados oficiais do TSE, como os eleitos gastaram o dinheiro dos seus impostos para conseguirem se eleger deputado federal no Pará.

Esperteza
A esperteza tem uma explicação que vai irritar o leitor, porque é o dinheiro do contribuinte que banca essa desandada gastança absurda para bancar uma campanha política.
Segundo dados do TSE, as receitas de campanha declaradas pelos deputados federais eleitos mostram que 77,6% dos valores arrecadados vieram do fundo eleitoral — que é constituído pelos impostos pagos pelos brasileiros que pagam impostos —, enquanto 16,8% são de outros recursos, como doações de pessoas físicas e dos próprios candidatos. Os valores originários do Fundo Partidário, aquele que a legenda recebe para despesas de custeio para funcionamento e pode repassar aos candidatos, representam 5,6% de todo o montante das receitas.
— É uma moleza para quem tem amigo que manda no partido.

Richarlison no lance do segundo gol, um golaço.

Golaço!
Enquanto a Coluna era redigida, o craque Richarlison fazia, até então, o segundo seu gol no jogo, mas não só, foi o gol mais bonito da Copa até agora.

Efemérides I
Nesta sexta-feira (25), comemora-se o Dia da Baiana de Acarajé, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres o Black Friday, o Dia da Madrinha e o Dia do Doador Voluntário de Sangue. No sábado (26), é o Dia Interamericano do Ministério Público. No domingo (27), os brasileiros comemoram o Dia do Engenheiro de Segurança do Trabalho, o Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama, o Dia do Técnico de Segurança no Trabalho, o Dia de Nossa Senhora das Graças e o Dia Nacional de Combate ao Câncer.

Efemérides II
Na segunda-feira (28), é o Dia do Soldado Desconhecido. Na terça-feira (29), comemora-se o Dia Nacional da Onça-Pintada e o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina. Na quarta-feira (30), comemora-se o Dia do Evangélico, o Dia do Teólogo, o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Argentina, o Dia do Estatuto da Terra e o Dia em Memória de todas as Vítimas de Armas Químicas. E fechando o ciclo da semana, na quinta-feira, 1º de dezembro, a data comemora o Dia do Numismata e o Dia Internacional da Luta contra a Aids.

De volta na semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui no Blog do Zé Dudu.

Val-André Mutran – É correspondente doBlog do Zé Dudu em Brasília.
Contato: valandre@agenciacarajas.com.br
Esta Coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Blog do Zé Dudu e é responsabilidade de seu titular.