Coluna Direto de Brasília #Ed. 216 – Por Val-André Mutran

Uma coletânea do que os parlamentares paraenses produziram durante a semana em Brasília
Na foto montagem da Coluna, os deputados federais Joaquim Passarinho (PL), Elcione Barbalho (MDB) e Celso Sabino (União), concorrem à reeleição

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Só isso?
Dos 17 deputados federais da atual 56ª Legislatura na Câmara dos Deputados, da bancada paraense, até o que se sabe, apenas um deles concorrerá neste ano a outro cargo. Os demais disputarão a reeleição.

Senado
Desse grupo, apenas o deputado federal Beto Faro (PT) disputará a única vaga disponível ao Senado e é o fona nas pesquisas, mesmo com o apoio do governador Helder Barbalho (MDB).

Sem chances
Independentemente de qualquer coisa, como diz a expressão de origem portuguesa: “Agora, Inês é morta!” O eleitor carajaense, do alto de sua sabedoria, sabe que, dos 17, apenas três deputados têm o que mostrar ao eleitor do Carajás. São eles: Joaquim Passarinho (PL), Elcione Barbalho e Celso Sabino (União), que deram atenção, neste mandato, à região mais rica do Estado do Pará.

Paraquedista não!
A concorrência com candidatos da região será um desafio para os postulantes não identificados com a região. Vários movimentos nas redes sociais estão deslanchando campanhas em grupos com milhares de membros, para explicar os efeitos nocivos dos candidatos chamados de “paraquedistas”, porque só posam uma vez no lugar, “pescam” os votos dos incautos e desaparecem nos outros quatros anos, como uma assombração.

Extrapolítica
Mesmo assim, a vida não será fácil para a reeleição de nenhum dos nomes até agora confirmados na disputa. Nem mesmo a reeleição do governador Helder Barbalho (MDB), devido a fatores extrapolítica.
Há fatos que podem ocorrer, que fogem do roteiro até das mais bem planejadas campanhas, especialmente as de viés político.

Pressão I
A articulação de grupos organizados de pressão, apartidários, também será uma das novidades que interferirá na decisão final dos eleitores nessas eleições. Dentre as centenas de grupos, cito a coalizão “Unidos Pelo Brasil”, que reúne pesquisadores e associações do setor produtivo e lançou, na quinta-feira (11), uma agenda de pautas prioritárias para o próximo Congresso, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social.

Pressão II
O grupo, criado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), selecionou 14 projetos de lei (confira aqui) já em tramitação que, na avaliação dos integrantes, merecem atenção do Legislativo na próxima gestão (2023-2026). Neste ano, os brasileiros vão às urnas eleger 513 deputados e 27 senadores. Se aprovados os projetos selecionados, o impacto para os cofres públicos seria de R$ 95 bilhões até 2026.

Calendário I
De acordo com o calendário eleitoral, nesta sexta-feira (12), será a data-limite para que o Tribunal Superior Eleitoral publique a tabela com a representatividade da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, decorrente de eventuais novas totalizações do resultado das últimas eleições gerais efetivadas até 20 de julho de 2022, para fins de divisão do tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão e para a realização de debates (Res.-TSE no 23.610/2019, art. 44, § 6°).

Calendário II
Já na segunda-feira (15), será o último dia para os partidos políticos, as federações e as coligações requererem o registro de candidatos aos cargos em disputa nesse ano. Só assim, saberemos quem é quem, especialmente para os cargos proporcionais: deputados estaduais, federais e distritais, uma vez que já sabemos quais são os nomes para os cargos majoritários: Presidente da República, Senado Federal e Governos Estaduais e Distrital.

Lista do TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) entregou ao TSE, na quarta-feira (10) a lista com gestores com as contas não aprovadas em julgamentos concluídos.
Belém lidera a lista com folga. Confira os nomes do estado do Pará aqui.
Leia a reportagem especial aqui.

Corrupção deve voltar a ser um dos temas de destaque nessa campanha eleitoral, apostam especialistas

Corrupção
Um temas centrais da campanha presidencial, embora a contragosto do PT, será o combate à corrupção.
Quando se fala em acabar com a corrupção no Brasil, muita gente lembra do exemplo frustrante da Itália: por lá, a grande operação que inspirou a Lava Jato brasileira investigou centenas de políticos e empresários, mas não conseguiu eliminar o problema.

Outros países
Olhando para exemplos de outros países, especialistas na área dizem que é mesmo impossível acabar totalmente com a corrupção. Mesmo nos países nórdicos, que costumam ocupar o topo dos rankings de menos corruptos, há pagamentos de propina em troca de vantagens.

Compulsão
“Lutar contra a corrupção é como se recuperar de um vício. Você nunca se recupera totalmente”, diz Dan Hough, especialista em combate à corrupção da Universidade de Sussex, na Inglaterra. “Se você é alcoólatra, sempre será alcoólatra. A questão é: como você diminui os efeitos do seu problema?”, questiona ele. Hough acredita ser possível reduzir a prática identificando o tipo de corrupção que se quer combater. Resta saber se, na campanha, dependendo como o tema for abordado, vai ganhar ou tirar votos de quem o explorar.

Antes…
Pesquisas da ciência política indicam que na maioria das vezes é o bolso que tem maior peso na decisão de voto.
Levantamentos realizados na campanha brasileira de 2018, porém, mostram que aquela foi uma eleição diferente.

…e depois
Há quatro anos, eleitores entrevistados por institutos de pesquisa respondiam que a corrupção era o maior problema do Brasil. Naquele momento, os partidos políticos tradicionais estavam fragilizados pelo impacto da Lava Jato, megaoperação que revelou grandes desvios de recursos na Petrobras durante o governo da petista Dilma Rousseff (2011-2016).

Mistério
Mas… e agora? O que mais preocupa o eleitor em 2022? E como isso afeta os candidatos a presidente que lideram as pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro?
Publiquem suas respostas na caixa de comentários do Blog.

Campanhas na rua
Dia 16 de agosto, mesmo dia no qual o ministro Alexandre de Moraes tomará posse como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a campanha deste ano terá início.

Semana
Os mais afoitos e, porque não dizer, exagerados, já andam dizendo que, logo no início, será uma semana de tiro, porrada e bomba, não necessariamente nessa ordem.

Reação
Bolsonaro convocou a equipe de campanha e “soltou os cachorros”. Deu certo.  O jurídico da campanha entrou com cinco representações contra Lula (PT) no TSE. Uma já foi deliberada. O TSE mandou o Youtube retirar o vídeo do comício de Lula em Pernambuco, em que o petista chama Bolsonaro de genocida. Discurso de ódio não pode.
— Ah tá!

Programas de governo
Na próxima edição, a Coluna vai divulgar as principais polêmicas das propostas dos quatro candidatos à Presidência da República.

Atualmente em 9,3%, a taxa de desemprego pode cair para 8% antes do fim do ano com a recuperação econômica, disse na terça-feira (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou, na noite da abertura do congresso da Abrasel

Emprego…
Durante o congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília, nessta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse: “Antes de o ano acabar nós estamos descendo [a taxa de desemprego] para 8%. Vamos terminar o ano com o menor desemprego que já vimos nesses últimos 10, 15 anos”.

…crescimento e…
Guedes atribuiu parte da recuperação do mercado de trabalho à melhoria do ambiente de negócios  com a redução da burocracia. “O Brasil está em um longo ciclo de crescimento. Criamos um ambiente de negócios que já tem contratos de R$ 890 bilhões”.

…ciclo virtuoso
O Brasil está entrando num longo ciclo de investimentos. Segundo ele, a economia brasileira está em situação melhor que a de países desenvolvidos, que estão entrando em recessão, e que a de outros países latino-americanos, que estão “desmanchando”.

Renegociação de dívidas
Sem dar detalhes, Guedes disse que a equipe econômica pretende ampliar os programas de transação tributária (renegociação de dívidas com o governo). Segundo ele, o comércio, os serviços e o setor de eventos devem ter as mesmas possibilidades para regularizar os débitos que outros segmentos afetados pela pandemia de covid-19 tiveram nos últimos anos. Guedes disse que o modelo de transação tributária já foi desenhado pelo Ministério da Economia.

De pé
O ministro repetiu declarações recentes de que, diferentemente de outros países, o Brasil atravessou a pandemia sem que a dívida pública explodisse. “O Brasil está de pé. Atravessou duas grandes guerras”, declarou.

Défict público
Em 2019, a dívida bruta do governo federal estava em 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Com os gastos extras relacionados à pandemia, chegou a 88,8% em 2020. Com a recuperação da economia e o aumento da arrecadação, tem caído e está atualmente em 78,2% do PIB.
“O déficit público será pago com o resultado das privatizações”, informou Guedes.

Abertura comercial
Guedes destacou que o Brasil está com o plano de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovado, afirmando que as empresas europeias passaram a manifestar interesse em investir no Brasil após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Hoje, existe essa percepção e, com a guerra da Ucrânia, a ficha caiu para eles”, comentou.

Quem fala o quer…
Guedes disse ter conversado com um ministro francês (sem citar o nome) para pedir que a Europa abra o mercado aos produtos brasileiros. “Nosso comércio com vocês [a Europa] era de US$ 2 bilhões no início do século. Com a China foram US$ 2 bilhões também. Hoje, nós comercializamos com vocês US$ 7 bilhões. E comercializamos com a China US$ 120 bilhões”, relatou Guedes, em suas palavras, ao representante do governo francês.

…ouve o que não quer
“Vocês estão ficando irrelevantes para nós. É melhor vocês nos tratarem bem porque se não vamos ligar o ‘foda-se’ para vocês e vamos para o outro lado porque estão ficando irrelevantes”, acrescentou, respondendo ao questionamento do representante francês ao afirmar que: Vocês [Brasil] estão queimando a Amazônia.” Ao que Guedes retrucou: “E vocês tocando fogo em Notre Dame [Igreja medieval nos arredores do quadrilátero turístico de Paris].

Guerra
Em seis meses de guerra Rússia-Ucrânia, o resultado tem sido uma catástrofe para as economias dos países que compõem o bloco europeu. Com o inverno se aproximando do Hemisfério Norte, a Rússia tem nas mãos, como Donald Trump previu dois anos atrás, condições de causar enorme sofrimento ao povo europeu, bastando para isso, fechar a torneira que fornece gás natural barato, que aquece os lares, principalmente da Alemanha.

Efemérides I
Nesta sexta-feira, 12 de agosto, comemora-se Dia Nacional dos Direitos Humanos, o Dia Internacional da Juventude, o Dia Nacional das Artes e o Dia da Sobrecarga da Terra. O sábado (13), marca o Dia do Economista, o Dia do Canhoto e o Dia de São Ponciano e Santo Hipólito.

Efemérides II
No domingo, 14 de agosto, é comemorado o Dia do Cardiologista, o Dia dos Pais,  o Dia da Unidade Humana e o Dia de São Maximiliano. Na segunda-feira (15), comemora-se o Dia dos Solteiros, o Dia Nacional das Santas Casas de Misericórdia, o Dia da Informática, o Dia de São Tarcísio e o Dia da Assunção de Nossa Senhora.

Efemérides III
Na terça-feira (16), é a data em que se comemora o Dia do Filósofo, o Dia de São Roque e o aniversário da bela Teresina, capital do Piauí. Na quarta-feira (17), comemora-se o Dia do Patrimônio Histórico, o Dia Nacional da Construção Social e o Dia de São Jacinto.

Efemérides IV

E, fechando o ciclo da semana, na quinta-feira (18), será comemorado em todo o país, o Dia do Estagiário, o Dia Nacional do Campo Limpo, o Dia Mundial da Libertação Humana e o Dia de Santa Helena.

De volta na semana que vem
Estaremos de volta na próxima semana publicando direto de Brasília, as notícias que afetam a vida de todos os brasileiros, com as reportagens exclusivas aqui no Blog do Zé Dudu.

Val-André Mutran – É correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.
Contato: valandre@agenciacarajas.com.br
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