O Hospital Santa Terezinha, dentro do projeto para dotar o município e a região de atendimento médico de primeira linha, não só por melhorias físicas (prédio e equipamentos modernos), mas, principalmente, de forma compulsiva, comprometendo-se com a realização de procedimentos de alta complexidade, inaugurou cirurgia de tórax de alto porte, no último dia 6 janeiro, com a realização da primeira timectomia, através da abertura anterior da caixa torácica (esternotomia mediana) para tratamento de miastenia grave (Myasthenia Gravis).
O ato operatório foi realizado por uma equipe coordenada pelo cirurgião cardiotorácico Adilson Santana (foto) em uma paciente de 40 anos de idade, com duração de três horas, boa evolução pós-operatória e recebendo alta hospitalar no quinto dia de pós-operatório.
De acordo com o médico Adilson Santana, a miastenia grave é uma doença da junção neuromuscular que causa diminuição do número de receptores pós-sinápticos da acetilcolina na placa motora.
Noutras palavras, a miastenia grave é um distúrbio neuromuscular que se deve, possivelmente, à presença de anticorpos contra a ação de receptores de acetilcolina que exercem funções neuromusculares. O doente apresenta fadiga e exaustão do sistema muscular, de intensidade variável, não se observando, no entanto, atrofia muscular ou distúrbio sensorial.
O cirurgião acrescenta que a prevalência na população geral é de 1/20.000, sendo mais comum no sexo feminino entre 20 e 40 anos de idade. É considerada uma doença auto-imune, pois 70% a 90% dos pacientes miastênicos possuem na circulação anticorpos contra receptores da acetilcolina, que destroem e diminuem o número de receptores colinérgicos.
Segundo ainda Adilson Santana, a doença só atinge os músculos esqueléticos e voluntários e, entre estes, com mais frequência os que apresentam atividade muscular mais contínua, como músculos palpebrais e oculomotores, músculos respiratórios (musculatura intercostal e diafragma), músculos que tomam parte nas expressões fisionômicas, músculos da mastigação e da deglutição. O diagnóstico é baseado fundamentalmente na história clínica e no exame físico.
“Não existe dúvida que o tratamento operatório influencia o curso clínico da miastenia. Devido à boa resposta com a cirurgia, a timectomia (retirada do timo) precoce tem sido reconhecida como procedimento terapêutico de escolha”, explica o cardiologista.
Convém ressaltar que cirurgia desse tipo nunca havia sido realizada em centro fora da capital do estado ou mesmo nas cidades dos estados circunvizinhos, para onde são encaminhados pacientes de Parauapebas.
Dez anos de sofrimento
Procurada pela reportagem ainda no hospital, na última segunda-feira (11), poucas horas antes de receber alta, a dona-de-casa Maria Sandra Guimarães (40 anos, casada, residente na rua 14 nº 341, bairro União) revelou que vinha sofrendo com a doença há cerca de 10 anos, em busca de tratamento em várias cidades, mas sem encontrar solução.
“Mas, graças a Deus, encontrei em Parauapebas, na minha cidade, o Dr. Adilson Santana, que fez o diagnóstico e sugeriu a operação, que deu certo, e agora estou na esperança de ficar boa, definitivamente”, declarou Maria Sandra Guimarães, mostrando-se bastante animada para voltar para casa.
Texto e fotos: Waldyr Silva – Agência WDC
3 comentários em “Cirurgia de tórax complexa já é realizada em Parauapebas”
Eu tambem não acreditava nos medicos desta cidade, ainda não acredito em todos porque
todos me deram diagnóstico errado, mas quando encontrei o Dr. Adilson e espliquei todo meu sofrimento, ele me falou logo do que se tratava, e hoje estou muito feliz por ele ter me falado o que realmente era o meu problema. fiz a cirurgia e estou bem melhor, ainda não sei se vou ficar totalmente curada porque minha doença é cronica e sem cura mas tenho fé em deus
que ficarei curada em breve.
Hoje tem dois meses e cinco dias que fiz a cirurgia pra retirar o timo e estou me sentindo ótima minha doença se chama ( MIASTENIA GRAVES) quem não sabe o que é como eu
nunca tinha visto falar, faça como eu fiz quando fiquei sabendo do que se tratava, pesquisei na internete e encontrei, me desculpe eu tenho muita coisa pra falar me sinto como um patinho feio não conheço ninguem com esse problema só em blog,s mas eu não tenho blog nem sei como criar um. moro aqui mesmo em parauapebas.
Obrigada e quanto aos médicos nós temos que ter fé primeiramente no nosso médico que se chama DEUS.
Sorte sua porquê eu conheço pessoas quê infelizmente não estiveram a mesma sorte nas mãos desse Dr Adilson
Certa vez conversando com um amigo e ele me disse que a medicina do sul e sudeste do Pará só vai melhorar no dia em que vierem pra cá médicos para serem médicos e não pecuaristas.