Cesta Básica da família marabaense foi de R$ 1,5 mil em fevereiro

Desse total, 27% está voltado para despesas alimentícias, como carne e hortifruti e granjeiro

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A Cesta Básica de Consumo Familiar (CBCF) de Marabá registrou o custo de R$ 1.520,63 em fevereiro deste ano. É o que revela levantamento realizado pelo Laboratório de Inflação e Custo de Vida (LAINC) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), coordenado pelo professor José Stenio Gonzaga de Souza.

As chamadas “despesas gerais”, formadas pelas conta de energia, água e pelo gás de cozinha, comprometem R$ 425,21 desse total. Depois disso, as maiores despesas da família marabaense, em média, são com carne (R$ 245,59) e hortifruti e granjeiro (R$ 169,44).

“O que fica de tópico para observação nos próximos meses é o gás de cozinha e um item que não está na cesta, mas que afeta seus preços diretamente, que é o combustível de automóveis, especialmente a gasolina,” alerta José Stenio, se referindo aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e os boicotes direcionados à Rússia, maior produtora e distribuidora de petróleo do mundo. Inclusive, os combustíveis já sofreram reajuste pesado na semana passada.

Ainda de acordo com o relatório, esse aumento no preço da gasolina já pode ser visualizado em alguns grupos de despesa, principalmente no grupo hortifruti e granjeiro, que em fevereiro teve uma variação de 10,48%.

Alimentação

O estudo mostra ainda que, entre todos os itens que tiveram aumento, o destaque fica para cebola (42,72%), batata (31,19%) e macaxeira (23,67%). A cebola subiu de preço devido à redução da oferta. Já a batata registrou aumento significativo por conta das chuvas que resultaram na quebra de produtividade nas regiões produtoras. A macaxeira teve a sua oferta diminuída, mas, ainda assim, uma demanda crescente, devido à necessidade das indústrias que precisam comprá-la em grandes quantidades, diminuindo a oferta para o mercado interno.

Menos carne na mesa

“As carnes vermelhas, hoje, batem recorde de menor consumo entre a população brasileira,” diz o relatório do LAINC. Segundo ele, o que precisa ser feito pela população para que esta mantenha uma alimentação não tão privada de proteína animal é fazer substituições. Mesmo assim, o gasto com a proteína animal se mantém alto.