Bombardeado pelo PT e pelo PL, sobe no telhado mandato do senador Sergio Moro

Os partidos antagônicos, mas unidos na intenção de explodir a carreira do ex-xerife da Lava-Jato, foi denunciado por supostos crimes eleitorais
Senador Sergio Moro. De acusador a acusado em processo que corre no TRE/PR

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O ex-xerife da Lava-Jato, eleito senador com votação recorde pelo estado do Paraná, em 2022, o ex-juiz federal Sergio Moro está acuado com duas denúncias que podem lhe custar o mandato, por supostas práticas de crimes eleitorais em sua campanha. São duas ações que correm no Tribunal Regional Eleitoral do estado do Paraná. Uma movida pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); e outra, pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em junho, o tribunal decidiu unir as ações.

As siglas citam prática de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido dos meios de comunicação e irregularidade em contratos. Pedem a cassação de Moro e sua inelegibilidade por oito anos.

Em nota, Gustavo Guedes, advogado do ex-juiz e agora senador, disse que vai demonstrar a tentativa dos partidos em inflar os gastos de campanha de Moro após a audiência preliminar que ouviu o réu: “A audiência foi importante para demonstrar ao relator a tentativa de inflarem indevidamente os gastos de pré-campanha de Sergio Moro. Seguiremos comprovando nas alegações finais que 98% daquilo que os partidos autores apresentaram deve ser descartado. E o que sobra não representa abuso nenhum. A eleição do senador Moro foi legal e legítima”.

De acusador a acusado

Reponsável pela condenação de dezenas de réus nos processos que presidiu quando era juiz federal titular à frente dos processos escandalosos do que ficou conhecido como Lava-Jato — maior esquema de corrupção da história do país — que envolveu o roubo de recursos da Petrobras por partidos políticos liderados pelo PT, Sergio Moro, passa agora a experimentar o outro lado do balcão: o de acusado pelo cometimento de crimes.

Os processos tratam sobre os gastos de Moro ainda durante a pré-campanha, quando era filiado ao Podemos e almejava disputar a Presidência da República. Além dele, os seus suplentes no Senado, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são acusados.

Se condenado pela Justiça Eleitoral, Moro ainda poderá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar salvar o seu mandato. Caso os recursos se esgotem e a chapa seja cassada, haverá a convocação de novas eleições para a vaga do ex-juiz.

Segundo a ação, as contas da campanha de Moro para o Senado são irregulares por não incluírem os valores gastos em sua pré-campanha à Presidência. Os partidos indicam que o Podemos teria gastado mais de R$ 18 milhões para preparar a candidatura do ex-juiz. Esse valor foi usado para gastos jurídicos, viagens, segurança, consultoria e marketing.

Conforme as regras da Justiça Eleitoral, os gastos para a campanha de senador no Paraná tem um teto de R$ 4,4 milhões, o que, segundo os partidos, é um valor abaixo do que Moro teria gastado ainda antes de iniciar a campanha.

* Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

1 comentário em “Bombardeado pelo PT e pelo PL, sobe no telhado mandato do senador Sergio Moro

  1. João Batista Responder

    Essa laia de políticos corruptos se acham mesmo, tudo sujo igual poleiro de pato agora querem prejudicar o Sérgio Moro, vão trabalhar bando de corruptos, vão fazer alguma coisa pelo país deixa o cara demão seus carniceiros.

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