Ainda bem que ele seguiu a carreira do pai.

Continua depois da publicidade

Por Tutty Vasques

Se Nelsinho Piquet fosse, por exemplo, secretário da Receita Federal, teria saído daquela suposta reunião com a ministra Dilma Rousseff decidido a tirar da pista as investigações contra o filho do Sarney.

Obediência ao chefe igual à demonstrada pelo ex-piloto da Renault no “acidente” de Cingapura, francamente, nem Aloizio Mercadante quando deixou o seu Briatore na reta para trombar de frente com a ética.

A fragilidade kamikaze de Nelsinho não faz sentido em nenhuma ocupação minimamente comprometida com a dignidade. Imagina se ele fosse zagueiro e o técnico lhe pedisse um carrinho por trás para quebrar a perna do adversário e parar o jogo no finalzinho! Graças a Deus, aliás, não sugeriram ao piloto que atropelasse um fiscal de pista para provocar a entrada do safety car na pista em Cingapura.

Um homem bomba ainda teria a desculpa de agir movido pela promessa de um harém de mulheres virgens. Nelsinho não acredita nessas coisas!

Texto publicado no caderno Cidades/Metrópole deste sábado no “Estadão”.