Advogada de Marabá é identificada entre os mortos de Brumadinho

Irmã, que é professora de Educação Física, pede “respeito ao silêncio e reclusão” da família

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Nascida em Marabá, a advogada Andrea Ferreira Lima, de 40 anos de idade, foi identificada entre os mortos na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. Seu corpo foi encontrado ontem, quarta-feira. Ela trabalhava para uma empresa terceirizada na parte administrativa da Vale, e estava prestando serviço à mineradora havia pouco mais de seis meses, conforme confirmou um amigo dela.

Vivendo em Belo Horizonte há aproximadamente 12 anos, Andrea deixa dois filhos: Guilherme, de 24 anos, e Davi, de 6 anos. Ela trabalhou por vários anos em Parauapebas, mas sua família continua residindo em Marabá. Alguns, inclusive, foram a Belo Horizonte para discutir sobre o local do velório e sepultamento, o que ainda não foi divulgado.

Shirley Calandrini, sua irmã, que trabalha como professora de Educação Física em Marabá, havia pedido orações assim que soube que sua irmã estava desaparecida em Brumadinho-MG. Na noite desta quarta-feira, 30, depois que o nome de Andrea foi confirmado entre os corpos identificados, Shirley publicou a seguinte mensagem em uma rede social: “Queridos amigos, gostaria de agradecer as orações e as palavras de apoio que minha família e eu recebemos durante esses dias todos. Infelizmente, as coisas não saíram como esperávamos, mas como Deus quis. E Ele quis levar nossa querida Andrea para estar ao lado dEle. Gostaria de pedir que nesse momento possam respeitar nosso silêncio e reclusão. Agradeço a todos em nome de minha família. Forte abraço a todos!”

Cruzeirense, Andrea atualizava suas redes sociais com informações e fotos do clube de coração, além de fotos do filho caçula. Nas mesmas redes, conhecidos mandaram mensagens de conforto. Colega de classe na faculdade de direito, Marina Rolim de Sá era uma das melhores amigas da advogada, e escreveu: “Passamos muito tempo como amigas inseparáveis. Ela vivia na minha casa e eu na dela. Andrea foi por muito tempo minha amiga confidente, mais velha que eu, me dava os melhores conselhos e estava pronta para me ajudar. (…) Estou muito triste e abalada com a notícia”.

Ulisses Pompeu – de Marabá, com informações do UOL