Sociedade civil de Parauapebas se manifesta contra as tragédias causadas pela mineração

Após um mês da tragédia de Brumadinho, várias cidades do País lembraram das mais de três centenas de mortes, ocorridas em 25 de janeiro passado

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Ontem (25) a tragédia de Brumadinho (MG) completou um mês. Até o momento, 179 mortes foram confirmadas e 131 pessoas seguem desaparecidas. Diversas cidades brasileiras fizeram manifestações de protesto para lembrar a data. Em Parauapebas, um ato em solidariedade às vítimas de Barcarena (PA), Mariana (MG), Brumadinho (MG) e a todas as demais vidas humanas prejudicadas pelo modelo de barragens a montante implantadas em alguns empreendimentos de mineração no Brasil aconteceu à noite com concentração na Praça Mahatma Gandhi.

Uma passeata percorreu a Rodovia PA-275 chegando à portaria da Flonaca (Floresta Nacional de Carajás), via de acesso à várias minas da Vale, onde aconteceu ato pedindo mais segurança e justiça.

A manifestação teve espaço também na Concha Acústica, no canteiro da PA-275, onde houve a apresentação voluntária de diversos grupos culturais e participação de outros artistas da cidade – poetas, cantores e artistas plásticos, entre outros.

O ato foi organizado e compartilhado entre diversas entidades, tais como OAB/PA – CAM, Igrejas, Associações, Médicos da Alegria, MAM, Artistas, sindicatos, além de diversas pessoas que se solidarizam com as vítimas desses crimes e que entendem que o povo de Parauapebas e região necessitam se organizar para pautar tão séria questão, em ato suprapartidário, livre de bandeiras específicas e preocupado em unir verdadeiramente a sociedade local em defesa da vida e da dignidade da pessoa humana.

O ato foi pacífico e não causou nenhum transtorno para o trânsito, tendo encerrado por volta das 21 horas. Porém, de acordo com os organizadores, o assunto não pode cair no esquecimento e estratégias devem ser traçadas para que não se repita.