A Vale teve seu desempenho financeiro marcado por melhorias em todos os indicadores financeiros no terceiro trimestre de 2013 (3T13).

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A receita operacional foi de US$ 12,9 bilhões, o lucro operacional atingiu US$ 4,8 bilhões, a margem operacional alcançou 37,7%, o EBITDA ( sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que significa “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, em português ) ajustado foi de US$ 5,9 bilhões[1] e o lucro básico, US$ 3,7 bilhões. Todos os indicadores tiveram aumento na comparação trimestral e anual[2]. Nos primeiros nove meses de 2013 (9M13), houve evolução positiva de todas estas variáveis, com exceção da receita operacional, em relação aos 9M12.

Diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, comenta os resultados do terceiro trimestre de 2013

A recuperação esperada nos embarques de minério de ferro e pelotas – totalizando 83,6 Mt, o terceiro maior volume na história da Vale – e seus preços mais elevados foram os principais responsáveis pelo resultado alcançado no 3T13. O custo operacional do minério de ferro – mina, planta, ferrovia e porto após royalties – caiu para US$ 22,10 por tonelada métrica em relação ao custo de US$ 24,15 no 2T13. A combinação de alta qualidade com baixo custo operacional permanece como uma de nossas mais importantes vantagens competitivas no mercado global.

Estamos trabalhando para construir uma empresa extremamente eficiente com custos corporativos, operacionais e de investimento muito baixos. No primeiro semestre do ano, colhemos os frutos das iniciativas com resultados mais imediatos. No entanto, é importante ressaltar que o caminho que nos levará à uma base de custos estruturalmente baixa é longo e requer, acima de tudo, persistência e paciência. O ritmo de queda de custos não é linear, pois sua materialização depende da maturação das várias iniciativas em andamento.

Nos 9M13 conseguimos acumular um corte de custos e despesas da ordem de US$ 2,0 bilhões[3] relativamente ao mesmo período do ano passado. Isso se deveu à queda dos custos operacionais de US$ 1,126 bilhão (6,7%), das despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), de US$ 621 milhões (41,6%) e das despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D) de US$ 479 milhões (47,1%), que, claramente, têm sido imprescindíveis para a melhoria de nosso desempenho no ano. Por exemplo, o EBITDA ajustado nos 9M13 totalizou US$ 16,0 bilhões, ficando 8,8% acima do registrado nos 9M12, uma vez que os nossos esforços para cortar custos e despesas mais do que compensaram a redução de US$ 828 milhões na receita bruta, que foi negativamente afetada pela redução de preços de nossos produtos.

O foco na eficiência de capital implica a extração do máximo de valor dos ativos existentes, competição interna mais acirrada para financiamento de projetos e o desinvestimento de ativos non-core.

Investimentos – excluindo aquisições – nos 9M13 totalizaram US$ 11,0 bilhões, uma redução de US$ 1,2 bilhão ao comparar com US$ 12,3 bilhões investidos no mesmo período de 2012. 

O ramp-up de Salobo I está evoluindo com sucesso e deverá ser concluído no final do ano. Salobo gerou um EBITDA de US$ 34 milhões no trimestre e sua produção continua a crescer, operando a 86% da capacidade nominal em outubro.

Dois novos projetos que aumentarão nossa capacidade de logística e processamento de minério de ferro foram entregues recentemente: (a) Carajás CLN 150, ampliação da capacidade logística do Sistema Norte; (b) Adicional 40 Mtpa, planta de processamento a seco em Carajás que reduz os custos operacionais e aumenta a produtividade.

Coerentes com nossa estratégia de reduzir exposição a ativos considerados non-core, no dia 18 de setembro anunciamos a celebração de acordos para venda de 35,9% do capital total da VLI – empresa de logística integrada de carga geral controlada pela Vale – por R$ 2,7 bilhões. Além disso, estamos em negociações finais com um consórcio para a venda de uma parcela adicional de 26% do capital da VLI, reduzindo a participação da Vale para menos de 40%. O desinvestimento de ativos non-core permite a extração de valor não precificado em nossas ações e relocação de capital para nossos principais negócios.

Tendo como sustentação um balanço sólido e forte geração de caixa, o Conselho de Administração aprovou a distribuição da segunda parcela da remuneração mínima, US$ 1,75 bilhão, e um montante adicional de US$ 500 milhões.  A remuneração aos acionistas alcançou US$ 4,5 bilhões em 2013.

Indicadores da atividade econômica estão sinalizando aceleração no ciclo de produção industrial. É bastante provável que no 4T13 a produção industrial apresente sua maior expansão desde o início de 2012, ajudando a manter um ambiente favorável para a demanda por minérios e metais.

Os principais destaques do desempenho da Vale no 3T13 foram:

  • Receita operacional de US$ 12,9 bilhões, com aumento de 14,5% sobre o 2T13, devido principalmente a maiores volumes e preços de venda de minério de ferro.
  • Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado(a) (lucro antes de juros e impostos), de US$ 4,8 bilhões, 32,6% acima dos US$ 3,6 bilhões no 2T13.
  • Margem operacional de 37,7%, medida pela margem EBIT ajustado.
  • Lucro básico(g) de US$ 3,7 bilhões, equivalente a US$ 0,72 por ação diluído, contra US$ 3,3 bilhões no 2T13, líquido de efeitos não caixa e/ou não recorrentes.
  • Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado(b) (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 5,9 bilhões no 3T13, 18,7% superior aos US$ 5,0 bilhões no trimestre anterior.
  • Capex – excluindo aquisições – de US$ 3,4 bilhões no 3T13, redução de 4,2% e 19,6% quando comparado ao 2T13 e 3T12, respectivamente.
  • Investimentos em responsabilidade social corporativa de US$ 310 milhões – US$ 256 milhões destinados à proteção e conservação ambiental e US$ 54 milhões para projetos sociais.
  • Em 31 de outubro de 2013, pagamos a segunda parcela da remuneração mínima aos acionistas, no valor de US$ 1,75 bilhão, e um montante adicional de US$ 500 milhões, totalizando US$ 0,4366 por ação ordinária ou preferencial.
  • Manutenção de um sólido balanço, com baixa alavancagem, medida pela dívida bruta/LTM EBITDA ajustado excluindo itens não recorrentes, igual a 1,5x, longo prazo médio da dívida, 9,7 anos, e baixo custo médio, 4,6% ao ano, em 30 de setembro de 2013.

[1] Excluindo o efeito das despesas de parada de Rio Colorado (US$ 213 milhões), o EBITDA ajustado da Vale no 3T13 é de US$ 6,1 bilhões.

[2] Excluindo itens não recorrentes e/ou não caixa.

[3] Excluindo de depreciação e amortização, perdas na venda de ativos e o efeito não recorrente da provisão de US$ 542 milhões de CFEM no 3T12. 

Fonte: Assessoria da Vale

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1 comentário em “A Vale teve seu desempenho financeiro marcado por melhorias em todos os indicadores financeiros no terceiro trimestre de 2013 (3T13).

  1. João das Neves Alcântara Responder

    Tudo isso, claro, às custas da venda de nossas riquezas não renováveis, baixos salários de seus empregados e esmagamento de empreiteiras que prestam serviço à Empresa Vale… LINDO!!!

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