A quem a carapuça servir…

Quando o cargo sobe à cabeça e o povo é esquecido.

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“Felizes os que aceitam a notoriedade somente como um acidente inevitável na vida, e não fazem dela toda a sua preocupação e todo o seu cuidado.”

A frase, do jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro Olavo Bilac, faz-me refletir sobre algumas figuras da política parauapebense, que, quando ocupam algum cargo na administração, esquecem que a função foi criada para servir o povo e tê-lo como chefe e não o contrário.

Salvo raríssimas exceções, as figuras costumam sumir dos locais onde corriqueiramente eram vistas, e encontrá-las em seus locais de trabalho só sob muita penitência. De uma hora para outra, tornam-se pessoas que pensam e agem apenas de acordo com os seus interesses e vontades, sem se importar com a maneira como esse comportamento irá afetar outras pessoas.

Parauapebas está repleta de políticos assim, infelizmente!

A esses, o tempo servirá como estudo. E, quando mais tarde o cargo que o fez tornar um imbecil egoísta já não lhe pertencer, restará a amizade dos que agora lhe tratam como chefe e ordenador de despesas. Amanhã, quando voltar à origem, com aquela velha cara de cachorro que caiu da mudança, certamente restarão poucos amigos. Por isso, vale aquela antiga máxima de nada como um dia após do outro com uma noite no meio. O político, o servidor público que se encaixa no citado perfil nunca deveria agir como se não houvesse amanhã, já que seu amanhã ser-lhe-á muito duro!

2 comentários em “A quem a carapuça servir…

  1. Fox Responder

    Precisamos nos policiar diariamente para que isso não aconteça e considerarmos os elogios exagerados apenas uma responsabilidade a mais para com nossas obrigações.

  2. Eleuterio Gomes Responder

    Pior do que isso Zé, é que, na maioria das vezes, esse mal também contagia assessores e outros auxiliares próximos que, “blindam” o chefe de todo jeito: dizem que ele chegou, mas saiu novamente, quando o cara está lá no gabinete dele; dizem que ele está viajando, mas ele está despachando em casa; dizem que ele trocou o número do celular, mas é mentira; dizem isso e aquilo para que ninguém incomode o “chefinho”. Quando termina o governo e eles voltam a se recolher cada um à sua insignificância e aí ficam te dando tapinha nas costas e chamando de “meu amigo”.

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