UEPA e SEMMA, em Marabá, vão elaborar inventário arbóreo da cidade

Estudo pretende catalogar a diversidade da vegetação e será essencial para criação do Plano Municipal de Arborização Urbana

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A Universidade do Estado do Pará (UEPA) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá (Semma) iniciaram o Plano de Trabalho para o Inventário Arbóreo de Marabá. Em setembro, reuniões foram realizadas para definir os fundamentos técnicos do levantamento, que será essencial para a elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana.

A etapa do inventário vai avaliar e catalogar a diversidade de vegetação no município, com isso a Semma saberá quais espaços urbanos necessitam de mais arborização. A população também será consultada por meio de questionário. No trabalho em campo, as árvores terão a altura e espessura medidas.

“A partir desse diagnóstico, com as imagens de satélite, a gente consegue verificar onde está faltando, onde já está atendido pela arborização e onde precisamos fazer um investimento maior de plantio”, explica Rubens Sampaio, secretário de Meio Ambiente de Marabá.

O Comitê Gestor é composto por profissionais de biologia, engenharia florestal, agronomia, além de professores, pesquisadores da UEPA e estagiários do curso de engenharia florestal. As equipes já passam por treinamento para entrarem em ação.

O levantamento começa como projeto piloto pelo núcleo Marabá Pioneira e terá duração entre dois e três meses. Nele, a equipe, por meio dos mapas elaborados, atuará nas praças, avenidas e em 10% das quadras, utilizando cálculos estatísticos para fazer a projeção de árvores no núcleo.

O questionário voltado à população terá como objetivo compreender como as pessoas entendem a arborização, quais árvores preferem que sejam plantadas e outras informações que serão importantes para o Plano Municipal.

“A gente precisa desses dados para que possamos ter um prognóstico e, posteriormente, podermos sentar com outras instituições para montarmos o Plano de Arborização. Sem esses dados confiáveis, a gente não consegue elaborar esse Plano de Arborização, que é algo para a sociedade, para melhorar, para termos uma qualidade de vida”, ressalta Marcilene Caldas, bióloga que faz parte do Comitê Gestor.

O projeto piloto será importante pois norteará as próximas etapas, a partir dos ajustes e necessidades constatados e que serão aperfeiçoados com os levantamentos nos outros núcleos urbanos.

A intenção é que o Plano Municipal seja elaborado e enviado à Câmara Municipal durante o ano que vem. Além disso, será elaborada uma cartilha com informações sobre onde, quando e quais espécies plantar.

Entre os principais benefícios da arborização estão a absorção da poluição atmosférica, sombreamento e proteção contra os ventos, diminuição da poluição sonora, purificação do ar, absorção de parte dos raios solares, abrigo e alimento para animais e pássaros, contribuição para o balanço hídrico, valorização da qualidade de vida e educação ambiental.

“Todas as cidades precisam ter arborização, principalmente as localizadas próximas à Linha do Equador, por causa da incidência solar que aumenta o calor, associado à umidade relativa do ar. Estamos inseridos na Amazônia, onde existe uma quantidade de chuvas e épocas de seca também. Então, por isso a importância, nas grandes cidades principalmente, que elas fiquem arborizadas. As mudanças climáticas estão acontecendo e precisamos fazer algumas coisas para amenizar esse tipo de situação criada pelo clima”, conclui o titular da Semma, Rubens Sampaio.

Esta semana, dentro da programação do comitê foi realizada uma palestra com o engenheiro florestal Marcelo Mendes, e será promovida outra sobre as coleções botânicas.