TSE julga o uso de cotas para candidatos negros no Fundo Eleitoral nesta terça (25)

Um resultado favorável pode representar um aumento da população negra na política brasileira
Deputada Federal Benedita da Silva (PT-RJ), que formulou a consulta junto ao TSE

Continua depois da publicidade

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, nesta terça-feira (25), o pedido para distribuição proporcional do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de propaganda eleitoral para candidatos negros. A decisão é vista como determinante para a inserção da população negra na política brasileira.

A consulta foi formulada pela Deputada Federal Benedita da Silva (PT-RJ) e é apoiada pelo Instituto Marielle Franco, Movimento Mulheres Negras Decidem, Educafro e Coalizão Negra por Direitos. Um resultado favorável representaria um marco histórico para a presença de pessoas negras em posições de comando no Brasil.

O julgamento teve início no dia 30 de junho, quando o ministro relator Luís Roberto Barroso votou contra a proposta, alegando que cabe ao Congresso Nacional legislar sobre tais cotas. Apesar disso, Barroso se posicionou a favor da distribuição proporcional da cota para candidaturas femininas, entre mulheres brancas e negras. Os recursos previstos caracterizam 30% do Fundo Eleitoral.

O ministro também acatou pedido para que, tanto o tempo de propaganda eleitoral quanto os recursos públicos, sejam divididas na proporção exata das candidaturas apresentadas pelos partidos. A ação foi acompanhada pelo ministro Edson Fachin.

Durante a retomada do julgamento, na última quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes sugeriu a formulação de uma regra de transição com o intuito de impedir que os partidos boicotem candidaturas negras nas próximas eleições. O ministro Og Fernandes pediu vista para analisar a proposta.