Saudosismo: Ladrão de galinha furta 80 penosas de balneário do Bairro Brasília

Micael Lima Santos levou as galinhas e as vendeu para Adriano da Silva Oliveira. Ambos devem passar o Natal na cadeia, sem peru nem galinha!

Continua depois da publicidade

Tempos atrás, quando a violência nas cidades não era tão exacerbada como atualmente, um dos mais temidos criminosos era o ladrão de galinha. Depois dele, vinha o ladrão de roupas em varais. E não é que neste fim de semana, Parauapebas reviveu esse, digamos, esse saudosismo.

Pois é! E a vítima foi o proprietário de um balneário do Bairro Brasília, na região da VS-10. Na madrugada de sábado (3), ele percebeu estranha movimentação em seu quintal e, de repente, constatou que nada menos de 80 galinhas haviam desaparecido, por volta das 3h da madrugada.

Imediatamente, o homem pediu ajuda da Polícia Militar, que, em diligências, não demorou a identificar o indivíduo Micael Lima Santos, que levou as penosas e ainda um telefone celular da casa do comerciante. Algemado, ele não quis passar o Natal da cadeia sozinho e logo entregou o comprador: Adriano da Silva Oliveira, que também foi preso.

Ambos caíram nas mãos do delegado Thiago Carneiro Silva, na 20ª Seccional Urbana, que enquadrou Micael por furto qualificado e associação ao tráfico de drogas, porque, além das galinhas, foi encontrado na casa dele um pé de maconha, já bastante desenvolvido; e Adriano, por receptação dolosa.

O policial lembrou que no Direito Penal existe o princípio da insignificância, que não pode ser aplicado nesse caso, uma vez que cada galinha hoje custa em torno de 60 reais até sair da granja, e cerca de 100 reais ao chegar ao consumidor final.

Apenas 15 das galinhas furtadas foram encontradas e devolvidos ao dono, que já sofreu o mesmo prejuízo várias vezes e desconfia que o mesmo Micael Lima Santos tenha sido o autor dos furtos.  

Como seria bom se o maior perigo hoje fossem somente os ladrões de galinhas e de roupas nos varais”, comentou o comerciante Jorge Alfredo Cascaes, quando soube do caso.

(Caetano Silva)