São Félix do Xingu planeja ampliar produção cacaueira com doação de mais de 3 milhões de sementes à produtores

Além das sementes da espécie comum, o município também vai distribuir 200 mudas híbridas do fruto, que são mais resistentes à pragas

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Objetivando melhorar e ampliar sua produção cacaueira, o município de São Félix do Xingu, no sul do Pará, vai distribuir mais de 3 milhões de sementes do fruto e mais 200 mudas híbridas da espécie para produtores locais. A distribuição será feita pela Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri), que informa que a cultura já é uma das principais fontes de renda para agricultores do município, que sempre teve na pecuária sua principal matriz econômica.

Segundo o secretário adjunto de Agricultura, Helyo Jorge, em 2019 São Félix do Xingu distribuiu milhares de mudas e mais de duas milhões de sementes de cacau em parceria com Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira no Pará (Ceplac). A meta para este ano é ampliar a plantação do município.

“Com a parceria da Ceplac, conseguimos entregar 2,5 milhões de sementes no ano passado. Os produtores interessados podem fazer o cadastro conosco, onde vamos catalogar dados como região e quantidade de sementes necessárias. Somente este ano temos uma previsão de distribuir mais de 3 milhões de sementes”, adianta Helyo Jorge.

Ele informa que o município conta com três viveiros que servem como distribuidores de mudas frutíferas e nativas da região, como o cacau, açaí, limão e laranja. O principal viveiro está localizado na sede municipal, na região do Bairro Planalto, enquanto os outros estão na zona rural do município, um o Lindoeste e outro no Distrito da Central.

Segundo ele, além da Ceplac, o município também tem parcerias para obtenção de sementes das espécies distribuídas com a Nature Conservancy no Brasil (TNC), Emater e a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). “Nós temos essas parcerias e  fazemos a distribuição para produtores interessados e cadastrados aqui na secretaria”, explica o secretário adjunto.

Ele acrescenta que ainda são distribuídas sementes de milho e diversas outras espécies para agricultores cadastradas na secretaria. “As doações não custam nada para o agricultor, que precisa somente fazer o cadastro na Semagri e conferir a disponibilidade”, complementa Helyo.

Além da renda aos agricultores, o cacau está ajudando a reflorestar as áreas devastadas da floresta para a cultura da pecuária em São Félix do Xingu, porque é plantado em associação com outras espécies nativa da Amazônia. O cacau do município é considerado de boa qualidade e já tem o interesse de indústrias de chocolate do País e do exterior.

(Tina Santos)

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