Saiba o que é notícia na Capital do Minério neste início de semana

Câmara até criou uma Comissão Temporária de Assuntos Relevantes para investigar possíveis violações de direitos das empresas com seus empregados, mas elas continuam firmes e fortes

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RECEITA CRESCEU

Já percorremos 100 dias em 2022, e a Prefeitura de Parauapebas marca R$ 635 milhões arrecadados no período, com média diária de R$ 6,35 milhões. É uma fortuna acumulada equivalente à receita líquida de Redenção durante dois anos e meio. Exatamente neste início de semana, a receita da Capital do Minério consegue reagir e chegar ao patamar do ano passado, quando cravou recorde. Temporariamente, e devido ao aumento exponencial na participação do ICMS, é possível afirmar que a arrecadação se recuperou. Como ainda faltam 265 dias a serem percorridos até 2022 encerrar, e os royalties continuam abaixo do patamar do ano passado, há incertezas à vista.

NADA DE ROYALTY

Pois é: sobre o royalty, ruim com ele pouco, muito pior sem ele. A cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), no valor de R$ 65.557.032,79, ainda não caiu, mas sua ausência causa tontura e mal-estar nos bastidores e é sentida nos cofres da Capital do Minério, onde, mesmo para a segunda mais rica administração municipal no Pará, está tudo muito mais “salgado”, em sinal de “alerta” ou em “ponto crítico”, a depender da observação. Inchaço da máquina pública, despesa com terceirizadas, licitações com duração semieternas e que às vezes vão parar na justiça e insatisfação da população concernente à buraqueira nos quatro cantos da cidade se juntam à diminuição dos royalties para aumentar a dor de cabeça. Haja dipirona!

TAPA-CRATERAS

…E por falar em buraqueira, a licitação para tapar as crateras das etapas 2, 7 e 8 do Bairro Cidade Jardim já tem um vencedor: é o Consórcio Vitória. O anúncio foi feito oficialmente nesta segunda, em publicação do Diário Oficial do Município. O consórcio se dispôs a fazer o urgentíssimo serviço por R$ 56.823.456,03, quantia quase do tamanho da receita inteira do vizinho município de Água Azul do Norte. E olha que o valor orçado pela Prefeitura de Parauapebas para o serviço foi de R$ 67.909.897,85. Ou seja: pelo menos para os cofres públicos, haverá economia de 16,3%.

TAPA-CRATERAS (2)

O Consórcio Vitória desbancou figurões da epopeia das licitações do município, como o consórcio formado pela união das empresas Laca e HB20, que queria fazer o serviço por R$ 61.090.245,60, e a polêmica empresa JM Terraplanagem, que se lançou à empreitada por R$ 63.873.568,88. Uma das mais respeitadas no ramo da construção civil, a JM bota para quebrar em cima da prefeitura e coloca no pau (isto é, leva à justiça) processos com cujos termos de edital ela não concorde. Desta vez, a demora para o desfecho da licitação foi por outra causa.

A VALE E SEU 20-F

Até agora, a mineradora multinacional Vale não publicou seu famoso e aguardado Relatório 20-F, que é um resumo transcrito em centenas de páginas de suas operações no Brasil e no exterior. O relatório é depositado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, uma vez que a empresa tem operações na Bolsa de Nova Iorque. No ano passado, a Vale publicou em 23 de março seu 20-F referente ao ano de 2020. A expectativa em torno da nova edição do documento reside nas previsões atualizadas para os recursos minerais existentes nas reservas sobre as quais ela opera nos municípios de Parauapebas (ferro e manganês), Canaã dos Carajás (ferro e cobre), Marabá (cobre) e Curionópolis (ferro).

COVID-19

Nos últimos sete dias (4/4 a 10/4) foram contabilizados 12 novos casos de Covid-19 em Parauapebas, sem óbitos há 23 dias. Além disso, este final de semana registrou os menores números diários desde o início da pandemia, com apenas um caso por dia. No total, o município já tem 67.607 casos de pacientes infectados pelo vírus, além de 564 óbitos registrados. Já são 67.015 os recuperados pelo sistema de saúde local. A taxa geral de ocupação de leitos no município (atualizada às 12h39 deste domingo) está em 8%, sendo que leitos de enfermaria SUS: 2%; UTI SUS: 0%; enfermarias particulares: 23%; UTI particular: 30%. O atendimento exclusivo para pacientes portadores do vírus acontece no Centro Especializado de Atendimento de Covid-19, anexo ao Hospital Geral de Parauapebas.