Riqueza do agronegócio do Pará encolhe R$ 400 milhões

Estrelas do mundo rural como São Félix do Xingu, Santarém e Paragominas puxaram retração do estado, que só não foi ainda mais prejudicado devido avanço de Acará, Marabá e Rio Maria

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Quinto maior detentor de rebanho bovino do país, o Pará viu sua produção de bens e serviços no campo despencar de 2016 para 2017. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu quase R$ 425 milhões, passando de R$ 17,17 bilhões para R$ 16,74 bilhões, de acordo com dados levantados com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O agronegócio responde por R$ 1 de cada R$ 10 que o estado produz.

Dos 144 municípios paraenses, 79 registraram retração no PIB agro. As maiores quedas econômicas são verificadas em localidades que estão entre as maiores potências rurais do estado. São Félix do Xingu, líder nacional da produção de gado bovino, perdeu R$ 131,59 milhões de 2016 para 2017 em sua riqueza agropecuária. É seguido por Portel (R$ 71,29 milhões), Oeiras do Pará (R$ 68,79 milhões), Santarém (R$ 66,03 milhões), Paragominas (R$ 62,53 milhões), Castanhal (R$ 58,08 milhões), Viseu (R$ 56,24 milhões) e Ulianópolis (R$ 50,72 milhões).

Na outra ponta, Acará registrou crescimento de R$ 99,76 milhões, Marabá avançou R$ 66,93 milhões e Rio Marabá aumentou a riqueza em R$ 54,59 milhões. Os três atenuaram o baque sofrido pelo estado. A maior praça financeira do mundo agropecuário no Pará é Ulianópolis, com PIB no campo estimado em R$ 749,39 milhões. Já Marituba, com R$ 1,99 milhão, tem a menor economia rural.