Reeleita pelo MDB, vereadora Drª. Cristina faz desabafo quanto à falta de comando da sigla em Marabá

Cristina Mutran lamentou que, em pleno período eleitoral, os candidatos que concorriam pela sigla sequer tinham a quem se dirigir

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“Que tristeza, meus amigos. Que tristeza para um partido que marcou uma história aqui no nosso município. Um partido que teve muitas conquistas para o nosso município e, nesse processo eleitoral, totalmente esfacelado”. Esse desabafo, contundente e carregado de mágoa, foi da vereadora Cristina Mutran, da Câmara Municipal de Marabá, reeleita pelo partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), no último domingo (15).

Nesta terça-feira (17), na primeira sessão ordinária após o pleito, ao assumir a tribuna, Drª. Cristina, como é mais conhecida, após uma fala emocionada acerca de sua campanha bem sucedida, agora sem o apoio do marido Nagib Mutran, vitimado pela covid-19, em abril passado, se referiu ao estado em que se encontra o MDB de Marabá, sem presidente desde setembro último.

Em 27 de novembro de 2019, o presidente do MDB, o atual secretário Regional do Sul e Sudeste do estado, João Chamon Neto, alegando motivos pessoais, renunciou à presidência da sigla em Marabá. Drª. Cristina, que era vice de Chamon, também por motivos pessoais, abriu mão da presidência.

A Executiva Estadual do MDB nomeou o engenheiro Antônio de Pádua Andrade, então secretário de estado de Transportes, para presidir o partido em Marabá. Acontece que Pádua foi preso em 29 de setembro passado, pela Polícia Federal, acusado pelo Ministério Público Federal de participação em esquema de corrupção envolvendo medidas de combate à pandemia de covid-19. Desde então, o MDB de Marabá está acéfalo.

“O partido MDB esteve muito fragilizado nessas eleições. Embora estivesse participando de uma chapa como vice, embora fazendo parte da chapa do Dr. Manoel Veloso, esteve muito fragilizado, muito dilacerado na trajetória da campanha eleitoral,” destacou a vereadora.

Ela afirmou que o MDB local perdeu a sua cabeça, o presidente do diretório municipal, e então, sem direção, “se desmontou”. “Nós não tínhamos a quem nos dirigir; isso nunca havia acontecido na história do MDB de Marabá. Precisamos nos organizar, sentar para organizar o MDB de Marabá,” disse, conclamando o vereador reeleito Ilker Moraes Ferreira e o vereador eleito Antônio Araújo, ambos emedebistas. “Nós temos 30 anos de MDB no município de Marabá e [nas eleições] não tínhamos a quem nos dirigir,” desabafou a vereadora.

Por Eleuterio Gomes – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Marabá