Radar Parauapebas: Saiba o que é notícia na Capital do Minério neste início de semana

Movimento no aeroporto de Parauapebas mostra que baque em 2020 foi intenso e recuperação será lenta. Por outro lado, Vale ri à toa com minério nas alturas e Câmara planeja ir às compras

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BANHO DE LOJA

A Câmara de Parauapebas começa a semana se preparando para ir às compras na semana que vem, precisamente no dia 12. Nesse dia, o parlamento vai realizar um pregão para comprar materiais de expediente que atendam as demandas administrativas da Casa de Leis mais endinheirada do interior do estado. Caixas e mais caixas de papel, agendinha para anotações, canetas, marcadores, clipes, envelopes, pastas e outras dezenas de itens (107 ao todo) estão na lista de desejos. O custo do banho de loja é estimado em R$ 350 mil.

SUSPENSÃO DE PREGÃO

Por falar em Câmara, uma iniciativa partida de lá, em 2019, de adquirir uma carreta para servir de Unidade Móvel de Saúde da Mulher, estava caminhando muito bem, inclusive com pregão anunciado em primeira mão na sessão legislativa da semana passada pela vereadora Eliene Soares. Porém, nesta segunda-feira (3), a Prefeitura de Parauapebas comunicou no Diário Oficial da União (DOU) a suspensão temporária do processo para contratação, alegando haver questionamentos ao edital e tentativa de impugnação que carecem de análise técnica pela organizadora do pregão.

MINÉRIO A US$ 194

Uma carga de finos de minério de ferro, com teor de 62%, originária de Parauapebas bateu recorde de preço na semana passada, no porto chinês de Qingdao. A commodity chegou a 194,40 dólares por tonelada, maior preço desde maio de 2008, quando atingiu 193,58 dólares. A mineradora multinacional Vale está, segundo o mercado, saboreando cerca de 33 dólares a mais para o produto das minas paraenses, cujo teor de pureza chega facilmente a 66%. Parecem números quaisquer do dia a dia do mercado internacional, mas aí vem a contextualização: o preço alto do minério fará despejar, em maio, royalties de mineração extremamente abundantes à Prefeitura de Parauapebas. Aliás, muito mais abundantes.

APOSENTADORIA

Por falar em minério, a Vale informou em seu Relatório 20F, depositado na Bolsa de Nova Iorque, que as operações da mina Azul, de manganês, em Parauapebas estão suspensas desde março do ano passado. A empresa alega que a medida se pautou no contingente de empregados considerados como grupo de risco, bem como para contribuir com os níveis de pessoal-chave na produção de minério de ferro da região. “Atualmente, esperamos manter as operações suspensas em 2021”, emenda a mineradora. Segundo a Vale, a mina do Azul pendura chuteiras em 2027, considerando-se o ritmo de quando ela está em produção.

O PAC NO PEBAS

R$ 18,3 milhões em obras, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esse é o valor de obras acertadas entre a Prefeitura de Parauapebas e o Governo Federal, as quais estariam “em andamento”, segundo acusa o site do programa. São cinco creches e um projeto de urbanização de assentamentos precários. As creches até que são razoavelmente conhecidas da população, já que viraram notícia por terem sido abandonadas em 2016 e só foram retomadas na atual gestão. Mas a urbanização do Morro do Chapéu, pactuada em junho de 2018, não é um serviço de infraestrutura tão popular assim.

QUEDA NO AEROPORTO

O baque do coronavírus sobre o movimento do aeroporto de Parauapebas em 2020 foi devastador. O Blog do Zé Dudu comparou o movimento de passageiros em 2019, quando 136,6 mil embarcaram e ou desembarcaram no aeroporto, com 2020, em que 60,2 mil passageiros passaram por lá. A queda foi de terríveis 56%. A título de comparação, a queda no aeroporto de Marabá no mesmo período foi de 38,5%. Nos primeiros três meses deste ano, a pista de Parauapebas computa tráfego de 23,6 mil passageiros. Nesse ritmo, chegará ao final deste ano com movimento correspondente a 69% do período anterior ao da pandemia. O concorrente, em Marabá, poderá recuperar 79% do movimento do período pré-pandemia.

COVID-19

Os casos de contaminação pelo Sars Cov 2 (novo coronavírus), que provoca a covid-19 continuam em alta em Parauapebas. Nos últimos sete dias (26/4 a 02/5) foram contabilizados 614 novos casos, além da morte de 9 pacientes com a doença. Abril foi o mês mais letal para a doença desde o registro da primeira morte em Parauapebas. Foram contabilizadas 74 mortes no mês. O número foi superior ao do mês de maio de 2020, até então o mês mais letal. No total, Parauapebas já tem 47.783 casos de pacientes infectados pelo vírus, além de 366 óbitos registrados. A taxa geral de ocupação de leitos no município (atualizada às 10h desta segunda-feira) está em 46%, sendo que leitos de enfermaria SUS: 63%; UTI SUS: 82%; enfermarias particulares: 25%; UTI particular: 100%. A UPA está com atendimento exclusivo para pacientes portadores do vírus. O serviço é ofertado 24h.

CARTÃO MERENDA

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas informa que a nova recarga do cartão Merenda em Casa, no valor de R$ 80,00, já está disponível e poderá ser usada a qualquer momento. A Ascom informa, ainda, que o valor é acumulativo e que os pais e/ou responsáveis que ainda não pegaram o cartão devem procurar a escola em que o (a) filho (a) está matriculado (a) o mais breve possível, pois os cartões ficarão disponíveis nas instituições até o dia 10 de maio com as duas recargas.

PASSOS PARA EMPREENDER

Tem início nesta segunda-feira, 3 de maio, as aulas pelo método Ensino a Distância (EAD) do curso “Passos para Empreender”. O projeto faz parte de uma parceria entre a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria da Juventude (Sejuv), e o Sebrae. Serão seis meses de aprendizado, período em que 100 jovens irão percorrer várias trilhas de ensinamento sobre negócios, para saber, por exemplo, como começar, planejar e investir. A cada etapa concluída do curso, os participantes irão receber certificado.