Quase 1,4 milhão já testaram positivo para Covid-19 no Pará

Mas total de pessoas sintomáticas entre maio e novembro é muito maior: somou 1,57 milhão, número inferior apenas ao de SP, onde 2,1 milhões apresentaram sintomas clássicos da Covid.

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Entre julho e novembro, uma população suficiente para entupir seis cidades do tamanho de Marabá testou positivo para o coronavírus, agente causador da doença que travou o mundo em 2020. Em números exatos são 1,366 milhão de paraenses. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que soltou os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) dedicada à Covid-19 referentes a novembro.

O Blog do Zé Dudu se debruçou sobre os dados e apurou que 221 mil paraenses testaram positivo em julho; 269 mil em agosto; 262 mil em setembro; 295 mil em outubro; e 319 mil em novembro. Só os estados de São Paulo (4,849 milhões), Rio de Janeiro (1,727 milhão) e Bahia (1,469 milhão) computam atualmente mais positivados que o Pará.

Mas há ressalvas: 1,565 milhão de paraenses já apresentaram sintomas que podem simular a Covid, com pico de 875 mil pessoas em maio, um recorde à época. No acumulado de maio a novembro, só São Paulo, com 2,087 milhões de sintomáticos, tem volume de potenciais atingidos pelo coronavírus superior ao Pará. Essas pessoas tiveram perda de cheiro ou sabor ou tosse, febre e dificuldade para respirar ou febre, tosse e dor no peito.

Em junho, 274 mil pessoas apresentaram sintomas típicos de Covid, mesmo que não tenham necessariamente positivado em exame. Em julho, foram 140 mil, número que caiu para 121 mil em agosto, despencou para 56 mil em setembro, subiu de leve para 59 mil em outubro e caiu, em seguida, para 40 mil em novembro.

Indicadores sociais

A Pnad Covid investigou também o recebimento do auxílio emergencial. Segundo o IBGE, em novembro 19 Unidades da Federação tiveram queda no percentual de domicílios onde um dos moradores recebeu auxílio entre outubro e novembro. Os demais estados ficaram estáveis. Os maiores índices de recebimento do auxílio emergencial estavam no Amapá (70,1%), Pará (61,1%), Maranhão (60,2%), Alagoas (58,4%) e Piauí (57,5%) — não por acaso, os mais pobres do Brasil. Os estados com as menores proporções são Santa Catarina (22%), Rio Grande do Sul (27%) e Distrito Federal (28,9%).

Outra checagem realizada pela Pnad foi com relação à taxa de desocupação. Em novembro, o Pará tinha 12,5% de sua população em idade de trabalhar desocupada, após ter atingido um pico de 15,3% em outubro. Em números absolutos, eram 554 mil paraenses sem ocupação no mês passado.