Prefeituras de Parauapebas e Canaã vão receber menor ‘pacote’ em 18 meses

Royalty encolheu devido queda brusca na cotação do minério de ferro nos meses de novembro e dezembro, cujos efeitos sobre as finanças dos municípios produtores vão ser sentidos agora.

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Hoje é 1º de fevereiro, e os municípios mineradores do Pará já podem se informar aqui no Blog do Zé Dudu sobre quanto terão direito a receber em royalty este mês pela lavra de minérios realizada em dezembro. Nesta terça, o Blog foi às contas apurar a partilha de quase R$ 150 milhões que vêm por aí, embora a matemática oficial ainda não tenha sido feita pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

Ao todo, 53 prefeituras terão direito a valores que partem de R$ 64 e chegam a R$ 69 milhões, mas chama atenção o fato da desaceleração da “carrada” de dinheiro nas administrações de Parauapebas e Canaã dos Carajás, as duas mais bem-sucedidas do Brasil no tocante à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), nome técnico do royalty.

Tanto a Prefeitura de Parauapebas quanto a de Canaã vão receber nos próximos dias a menor cota de Cfem em um ano e meio. O governo de Darci Lermen vai embolsar “apenas” R$ 69,181 milhões, enquanto o de Josemira Gadelha perceberá “somente” R$ 49,655 milhões. São valores expressivos e superiores ao ano inteiro de arrecadação na maioria dos municípios do país, ainda assim muito abaixo do pico de recursos registrado em dezembro de 2020, quando Parauapebas abocanhou R$ 227,057 milhões e Canaã, R$ 179,878 milhões.

A baixa e a oscilação nos preços do minério de ferro no mercado internacional são as explicações plausíveis para a queda na fatia dos royalties. Em novembro e dezembro, a cotação média da commodity, principal ganha-pão desses dois municípios paraenses, chegou ao nível mais baixo desde julho de 2020, mantendo-se em patamares abaixo de 100 dólares a tonelada por dias a fio. Por efeito, com o produto valendo menos lá fora, a apuração da compensação despencou, refletindo em menor royalty agora.

9 milionários este mês

Além de Parauapebas e Canaã dos Carajás, outras sete prefeituras vão receber mais de R$ 1 milhão na conta, em royalties, brevemente. A administração de Marabá, por exemplo, verá o ingresso de R$ 12 milhões em razão, majoritariamente, da produção de cobre, especiaria em que o município é líder nacional.

Itaituba, por seu turno, que tem na extração de ouro o seu forte e se posiciona entre os maiores produtores do país do vil metal, receberá R$ 3,381 milhões em Cfem, quantia pouco acima da maior produtora brasileira de bauxita, Paragominas, cuja prefeitura local vai faturar R$ 3,143 milhões. Curionópolis (R$ 2,869 milhões), Juruti (R$ 1,786 milhão), Oriximiná (R$ 1,652 milhão) e Terra Santa (R$ 1,604 milhão) completam o time das ilustres milionárias.

Confira quanto vão embolsar, em valor exato, as prefeituras dos 15 maiores produtores de recursos minerais do Pará!