Prefeitura de Parauapebas vai terceirizar cirurgias eletivas para zerar demanda

Investimento da Semsa para a contratação de biópsias e de diversos procedimentos cirúrgicos é estimado em R$ 11,3 milhões. Demanda reprimida aumentou durante pandemia de Covid-19

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Uma fila enorme de pacientes à espera de cirurgias de diversas especialidades deve ser zerada nos próximos meses, no que depender de uma iniciativa da administração de Darci Lermen para agilizar o atendimento à população. O governo municipal abriu credenciamento, para recebimento de propostas até o dia 28 de abril, com vistas à contratação de junta médica que ficará responsável por atender demandas reprimidas em cirurgias eletivas gerais e especializadas. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.

Com a medida, 43 tipos de procedimentos cirúrgicos poderão ser realizados, o que vai ajudar muitos pacientes a resolverem problemas de saúde com potencial de letalidade. O orçamento estimado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para a contratação dos serviços é de R$ 11,365 milhões.

Serão contemplados desde biópsias, com custo aproximado de R$ 250 na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), até procedimentos mais complexos e caros, como a reconstrução de trânsito intestinal, orçada em R$ 3.720. A Semsa, organizadora da licitação, também viu a necessidade de 2.640 procedimentos de extração de cistos de pele, além de 48 extrações de miomas, 48 procedimentos de ressecção de próstata, 24 vasectomias e 360 laqueaduras, entre outros.

Em nota que acompanha o edital do credenciamento, a Secretaria de Saúde justifica que a contratação é necessária porque muitos pacientes carecem de intervenção cirúrgica no menor tempo possível, mas frequentemente isso não acontece por falta de disponibilidade de leitos nas unidades hospitalares e de referência com as quais o município de Parauapebas tem pactuação para envio de pacientes.

Outro aspecto revelado pela Semsa é que, apesar de a rede municipal de saúde dispor de aparelhos para realização de procedimentos cirúrgicos, não possui mão de obra especializada suficiente, nem leitos de retaguarda, para o cada vez mais alto fluxo de atendimentos, de forma que os procedimentos cirúrgicos são limitados por dia, sobretudo os eletivos. Sempre que haja a necessidade de atender um paciente de urgência e emergência, o paciente eletivo acaba por ser reagendado devido à gravidade clínica do cidadão em estado de saúde mais urgente.

A secretaria informa ainda que, devido à pandemia de coronavírus, as cirurgias eletivas foram suspensas entre março de 2020 e agosto de 2021, sobrecarregando a demanda já reprimida em determinados procedimentos. “A contratação do serviço é essencial aos pacientes da rede SUS”, destaca a pasta. “Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maior a possibilidade de cura para os pacientes”, complementa, adicionando que os procedimentos a serem contratados vão reduzir a evolução de piora do quadro clínico dos pacientes e contribuir para a rápida e plena recuperação dos enfermos.

1 comentário em “Prefeitura de Parauapebas vai terceirizar cirurgias eletivas para zerar demanda

  1. Ralzileida Mitilene Nazaré Da Silva Responder

    Se não há leitos disponíveis, não ficou claro na matéria onde serão realizadas as cirurgias e, para onde irão no período pós operatório, o que é vergonhoso para uma cidade tão cheia de recursos financeiros haver apenas o hospital geral que falta tudo, menos recursos humanos pois, podem investigar o percentual de servidores concursados e contratados na folha de Parauapebas, não tem é material específico no centro cirúrgico sucateado o que reforça a ambulancioterapia. Se, esse governo quisesse resolver investiria na melhoria dos serviços disponíveis,reformaria,ampliaria e porquê não, construir outro hospital público ao invés de usar a carta mais do que marcada da terceirização em pleno ano eleitoral. Estamos de olho e o MP também.

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