PM prende homem por quebra de medida protetiva e em cumprimento a Mandado de Preventiva

Além de bater na atual companheira e ameaçá-la de morte, ele ainda era procurado por ter esfaqueado 16 vezes a ex-mulher, em 2018
João Evangelista Campos do Nascimento, o Borracha

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O borracheiro João Evangelista Campos do Nascimento, 47 anos, também conhecido como “Borracha”, foi preso por volta das 19h desta sexta-feira (17), na Rodovia PA-275, em frente a um restaurante no Bairro Beira-Rio I. Ele foi denunciado pela ex-companheira, Muriel da Silva Maranhão, por quebra de medida protetiva. Borracha foi capturado por uma guarnição da Polícia Militar quando espreitava a mulher em frente ao local de trabalho dela e não reagiu à voz de prisão.

No último dia 8, como costumava fazer, mais uma vez Borracha bateu na mulher, que, não suportando mais as agressões e tendo sido, inclusive, em outra ocasião ferida a faca por ele, procurou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e denunciou o companheiro, afastando-se a partir daquela data.

Na ocasião, foi concedida a ela Medida Protetiva, pela qual Borracha estava proibido de se aproximar de Muriel. Mas não foi o que aconteceu: o ex-companheiro continuou a agredi-la verbalmente, a ameaçá-la de morte e, ultimamente, repetidas vezes, a segui-la e ficar de tocaia em frente ao seu local de trabalho, o que a levou a pedir ajuda à PM.

Em Termo de Declaração, Muriel contou na 20ª Seccional que o homem ameaçou de morte suas duas filhas, uma de sete e outra de seis anos de idade e que ainda a obrigava a fazer sexo com ele na presença desta última, tudo sob espancamentos e ameaças de morte.  

“Tem oito dias que separei dele; ele me disse que se eu sair da cidade, vai atrás da minha família. Ele estava me perseguindo,  tenho medo dele me matar,” disse a vítima na DP.

Para agravar mais a situação de Borracha, ele tinha contra si um Mandado de Prisão Preventiva em aberto, por tentativa de homicídio cometida contra a sua ex-mulher, Francilene Soares da Silva, em 2018, quando aplicou nela 16 facadas. Devido ao fato de ele nunca ter sido localizado, o processo relativo a esse crime estava suspenso. Agora, com a sua prisão, volta a tramitar. (Caetano Silva)