Pastagens sem manejo, sem irrigação e com animais não especializados estão entres os problemas enfrentados pelos produtores de leite da região sudeste paraense. Um curso promovido pela Embrapa, no município de Marabá, de 17 a 19 de novembro, aborda esses e outros temas e apresenta tecnologias e boas práticas na formação e manejo de pastagem para pecuária leiteira a produtores e técnicos da região.
O Pará é o 13º produtor nacional de leite, com 613 milhões de litros de leite por ano. No sudeste paraense, responsável por 70% da produção estadual, a produtividade média é de quatro a cinco litros de leite por vaca ao dia, números que demonstram, segundo o pesquisador Bruno de Maria, da Embrapa Amazônia Oriental, uma condição quase extrativa. “As pastagens são sem manejo, sem irrigação, sem planejamento, além disso, os animais não são especializados para a produção de leite”, explica o pesquisador.
Ao produzir 650 litros de leite por vaca ao ano, o estado está muito abaixo da média nacional, que é de 1.450 litros/vaca/ano. A baixa tecnificação da produção, aliada a uma pastagem mal manejada são fatores fundamentais nesse desempenho.
Os técnicos da Embrapa apresentam no curso tecnologias e boas práticas de manejo e fertilidade de solos, recuperação de pastagens degradadas, sistema rotacionado de produção, comportamento animal em pastejo, entre outros. O evento é realizado pelo Núcleo de Apoio a Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Embrapa no Sudeste Paraense e tem o apoio do Sebrae – Marabá.