Na Amazônia, projeto Biomas analisa solo e identifica formigas

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Na terceira etapa no bioma Amazônia, em Marabá (PA), as atividades dos seis pesquisadores do Projeto Biomas estão concentradas em mapeamento de solos e no planejamento para controle de formigas cortadeiras, considerada uma das mais importantes pragas pelo produtor rural. Já foram abertos nove perfis, com média de 1,5m de profundidade, onde se coleta  amostras para a classificação de solos. O material será depois analisado para identificação do seu potencial de uso.

O principal trabalho do pesquisador da Embrapa, Wilson Reis Filho, é de identificar as espécies de formigas cortadeiras para saber como controlar o ataque deste inseto às plantações. “Toda muda que for plantada, poderá ser alvo das formigas. Portanto, precisamos estudar este nicho para saber a gravidade para as plantações”, explica o engenheiro agrônomo e doutor em Entomologia.

Até o momento, foram encontrados dois gêneros de formigas cortadeiras: saúva e quenquém. O estudo se mostra importante porque elas acabam cortando plantações para produzir o fungo, único alimento deste inseto. De acordo com o doutor Wilson, a melhor forma de realizar o controle é pelo uso de iscas granuladas. “Estamos analisando a densidade de ninhos e, por enquanto, não encontramos nenhum que precise usar o equipamento de termonebulização. Usando corretamente as iscas conseguiremos controlar o ataque das formigas às mudas.”

Um dos responsáveis pelas plantações na Fazenda Cristalina, onde o projeto Biomas está atuando na Amazônia, Adiran da Silva Santos conversou com o pesquisador da Embrapa e conseguiu algumas dicas de controle das formigas. “Eu colocava um tipo de isca em um lugar, mas não colocava em outro. Ele me ensinou que não se deve colocar na trilha das formigas, mas sim nos pontos principais de entrada do ninho”, diz Santos, que já perdeu muita plantação de milho e agora também vai começar a de capim de pasto para bois.

Sobre o Projeto Biomas

O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos em cinco dos seis biomas brasileiros.   Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.

Fonte: Assessoria de Comunicação Digital da CNA