Pau D’Arco: Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão em prefeitura e sede de empresa

Operação apura um suposto esquema irregular, com uso de empresa de fachada, para vencer processos licitatórios de forma privilegiada, que somam mais de R$ 4 milhões
A sede da Prefeitura de Pau D’Arco foi um dos alvos da Operação “Simbiose”

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Na manhã desta quarta-feira (26), a Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), deu cumprimento a mandados de busca e apreensão nos municípios de Pau D’Arco e Redenção, no sul do Pará, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).

A operação, batizada de “Simbiose”, apura um suposto esquema de parceria irregular entre o prefeito do município de Pau D’Arco, Fredson Pereira da Silva, e o empresário Antônio José de Sá Rocha, que estariam fazendo uso de uma empresa fantasma (Macapá Construção e Serviços), para vencer processos licitatórios de forma direcionada e privilegiada. Segundo a Polícia Civil, os indícios probatórios coletados ao longo da investigação demonstram incapacidade técnica e patrimonial da empresa contratada pelo município.

Ainda de acordo com as investigações, durante o ano de 2017 e 2018, a empresa venceu oito processos licitatórios que somam a quantia de R$ 4.922.676,61. A Polícia Civil, por meio da Decor, neste caso, investiga crimes de fraude à licitação, peculato, associação criminosa, corrupção ativa e passiva.

Segundo a polícia, a apuração dos fatos seguirá com a análise dos documentos, mídias e dispositivos móveis apreendidos.

Foram realizadas buscas na casa do prefeito, na sede prefeitura, na empresa Macapá Construção e na casa do empresário Antônio José de Sá Rocha. Segundo o diretor da Decor, delegado Almir Alves, a empresa não tem estrutura alguma para concorrer e muito menos ganhar licitação pública.

“Na verdade, essa empresa Macapá Construção não tem estrutura nenhuma para ganhar licitações, principalmente de maquinário pesado. Todas as questões de irregularidades e fraudes serão provadas ao final do inquérito policial”, adianta o delegado. Os investigados na operação ainda não se manifestaram sobre as acusações.

(Tina Santos-com informações da Polícia Civil)