Parauapebas: Polícia Civil apreende equipamentos e fecha servidores ilegais de streaming

A ação faz parte de mobilização internacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícias Civis e Agências de Aplicação da Lei dos Estados Unidos e Reino Unido
Equipamentos de informática foram apreendidos durante a “Operação 404” (Foto: Polícia Civil)

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Nesta quinta-feira (8), a Polícia Civil do Pará, através da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (Deccc), deflagrou a “Operação 404” de repressão a crimes praticados na internet contra a propriedade intelectual. A ação faz parte de mobilização internacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícias Civis e Agências de Aplicação da Lei dos Estados Unidos e Reino Unido.

Em Parauapebas, foram cumpridos, por determinação judicial, dois mandados de busca e apreensão, bloqueio e/ou suspensão de sites e aplicativos de streaming ilegal de conteúdo, desindexação de conteúdo em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais. De acordo com as investigações, os alvos abasteciam aplicativos e sites que colocavam músicas que não tinham autorização, violando os direitos autorais.

Segundo a Polícia Civil, as apreensões aconteceram em bairros distintos da cidade. Pessoas envolvidas no crime foram intimadas a depor e devem responder criminalmente.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos equipamentos de informática, sendo diversos HDs internos, que serão encaminhados à perícia para análise. Ainda segundo a PC, as investigações continuam com o objetivo de desmantelar toda a rede de streaming ilegal em Parauapebas.

Equipamentos de informática foram apreendidos durante a “Operação 404” (Foto: Polícia Civil)

A operação coordenada pela Deccc contou com o apoio de equipes do Núcleo de Apoio à Investigação – NAI Marabá e participação dos peritos CPC Renato Chaves, que acompanharam o trabalho de buscas. A ação integrada no combate à pirataria online está sendo deflagrada com a colaboração das embaixadas dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations e Departamento de Justiça) e do Reino Unido no Brasil (Intellectual Property Office e The Police Intellectual Property Crime Unit).

No Brasil, a pena para quem pratica esse crime é de reclusão de dois a quatro anos e multa (art. 184, §3º do Código Penal Brasileiro). Os investigados podem ser indiciados ainda por associação criminosa (art. 288 – CP) e lavagem de capitais (art. 1º – Lei 9.613/1998).

Segundo a PC, a operação foi batizada de “404” em referência ao código de resposta do protocolo HTTP para indicar que a página não foi encontrada ou está indisponível. “Essa é uma das principais ações da operação: tornar indisponíveis os serviços criminosos que violam os direitos autorais das vítimas,” avisa a Polícia Civil.

Tina DeBord – com informações da Polícia Civil